Neste domingo (6), cerca de 3,5 milhões de costarriquenhos vão às urnas eleger um novo presidente, vice e 57 deputados para a Assembleia Legislativa para os próximos quatro anos. Em todo o território do país centro-americano foram dispostos 6.847 mesas com 65 mil fiscais, além de 52 consulados no exterior. As últimas pesquisas de opinião apontavam uma indefinição, com cerca de 32% do eleitorado indeciso e 8% declarando que não votaria em nenhum dos 25 candidatos à presidência.
Segundo o estudo do Centro de Investigação e Estudos Políticos (UCR), realizado entre 19 e 20 de janeiro, os favoritos são o ex-presidente e candidato José María Figueres (Partido Liberação Nacional) e Lineth Saborío (Unidade Social Cristã), tecnicamente empatados, com 17% e 12,9% das intenções de voto.
#EstudioDeOpinion I. ¿Su intención de voto ha cambiado? Conozca cómo se ha comportado la intención de voto a lo largo de las últimas encuestas.
— Centro de Investigación y Estudios Políticos (UCR) (@CiepUcr) February 2, 2022
Informe completo en: https://t.co/LCokJ0y67K pic.twitter.com/jRBLjLuWYy
Em seguida estão Fabricio Alvarado (Partido Nova República), com 10,3%, e Rodrigo Chaves (Partido Progresso Social Democrático), com 8,2%. Ao todo, 25 candidatos disputam a eleição presidencial.
O candidato da Frente Ampla de esquerda, José María Villalta, possui 7,6% da intenção de voto. Já o postulante pelo partido governista Ação Cidadã, Wélmer Ramos, possui apenas 0,3% da preferência.
No último debate televisivo, Villalta destacou que pretende manter o modelo político e econômico vigente no país. "Não queremos buscar nem copiar modelos de outros países, a democracia é o único caminho para realizar transformações sociais", declarou o atual deputado pela Frente Ampla.
Em seu programa, a Frente Ampla critica as desigualdades do país. Na agenda econômica propõe exoneração fiscal e mais crédito para pequenas e médias empresas; o combate à especulação, estabelecendo um limite de 15% para o aumento anual nos preços de alugueis; e incentivo à economia verde, com fontes renováveis de geração de energia.
Caso nenhum candidato obtenha mais que 40% da votação, o segundo turno será realizado no dia 3 de abril. A posse do próximo presidente acontece no dia 8 de maio.
O atual presidente Carlos Alvarado deixa o cargo com reprovação de 72% entre a população, de acordo um estudo do CIEP realizado em novembro.
O rechaço reflete um país com 15,3% de desemprego, 23% de pobreza e 7,3% de pobreza extrema, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Censos da Costa Rica (INEC). Além disso, o país tem uma dívida de US$ 1,7 bilhão (R$ 9 bilhões) com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O empréstimo do FMI aconteceu paralelamente à entrada da Costa Rica na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Em relação à pandemia, o país atravessou uma nova onda de contágios com a variante ômicron e acumula 680 mil infectados e cerca de 7,5 mil mortos pela doença. A taxa de vacinação é de 72% da população.
Edição: Arturo Hartmann