Somente nas safras de soja e milho, o Rio Grande do Sul terá uma perda de R$ 33 bilhões em consequência da seca que assola o estado desde o final de 2021. A lavoura de soja renderá menos R$ 27,8 bilhões, enquanto a do milho perderá R$ 5,2 bilhões. São os dados levantados pelo mais recente boletim da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) RS.
O Informativo Conjuntural da instituição indica colheita de 11,1 milhões de toneladas para a soja, uma queda de 43,8% em comparação com a estimativa inicial. No milho, a produção calculada é de 2,7 milhões de toneladas, redução de 54,7% em relação às primeiras projeções.
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Milho: quase 100 mil produtores afetados
Noventa e oito mil produtores de milho registram prejuízos, crescimento de quase cinco mil plantadores desde o boletim anterior, datado de 3 de fevereiro. Na soja, são 88 mil produtores com redução na produtividade. As chuvas na primeira semana de fevereiro ajudaram a diminuir um pouco as dificuldades, mas o panorama continua grave.
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Com a estiagem devastando as pastagens usadas pelo gado, também 33,1 mil produtores de leite apresentam dificuldades na produção.
Perdas em mais de 250 mil propriedades
Informa-se ainda que 257 mil propriedades foram atingidas pelos efeitos da estiagem. E aproximadamente 17,3 mil famílias estão com dificuldades de acesso à água.
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Segundo a Defesa Civil do estado, até o último dia 11, 408 municípios haviam decretado situação de emergência. O que significa mais de quatro em cada cinco municípios gaúchos.
A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), que abastece 317 cidades, começou campanha com a Defesa Civil e o governo estadual pedindo às pessoas para deixarem de lavar os carros e as calçadas, tomarem banhos rápidos e molharem plantas somente com regador.
Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Katia Marko