Curso terá duração de quatro meses e os representantes dos coletivos participantes receberão bolsa
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou o projeto Periferia Brasileira de Letras (PBL) que tem como objetivo estimular, por meio de coletivos literários em favelas e periferias de nove capitais, a elaboração e reivindicação de políticas públicas no campo da leitura para os territórios. Para participar do projeto é necessário passar por um processo seletivo.
Os selecionados participarão do curso Promoção da Literatura em Periferias: curso de territorialização de políticas públicas saudáveis, composto por encontros virtuais em três etapas. A primeira é um curso para a rede ampliar a participação na construção de políticas públicas acerca do tema. A segunda envolve a produção de um documentário sobre a experiência dos coletivos e a diversidade literária brasileira. Por último, a criação de um fórum e uma agenda coletiva para articulação política e cultural da Rede PBL.
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O curso terá duração de quatro meses e os representantes dos coletivos participantes receberão uma bolsa de estudos mensal no valor de R$ 1 mil. As inscrições são gratuitas, bem como o curso.
Apenas um representante do coletivo poderá participar do processo de seleção, na pessoa física, com conta corrente em banco ativa. Para fazer a inscrição, o coletivo precisa ter pelo menos um ano de atuação na área de leitura, livro e literatura, um portfólio com imagens publicadas nas redes sociais de eventos realizados ou publicações de atividades regulares e atuar em favelas ou periferias nas regiões metropolitanas de Porto Alegre, Brasília, Natal, Recife, Salvador, Fortaleza, São Paulo, Belo Horizonte ou Rio de Janeiro.
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O coletivo também deve preencher um formulário e entregá-lo até 18 de fevereiro.
“Esses coletivos literários terão seus representantes com direito a uma bolsa durante o período de quatro meses, que é o tempo dessa formação, e depois terão o nosso acompanhamento de interlocução com o poder público, para a busca dessa articulação para polícias públicas que cheguem aos territórios periféricos”, afirma Felipe Eugênio, membro da Cooperação Social da Presidência da Fiocruz e um dos idealizadores do projeto PBL
“Estamos falando de saraus poéticos, de bibliotecas comunitárias, mutirões de cartoneiras, residências literárias, estamos falando também das múltiplas experiências com o Slam e da força do teatro comunitário, além de outras possibilidades que estão abarcadas nesse conceito ampliado de literatura.”
Para fazer a inscrição e saber mais, acesse o site da PBL.
Edição: Vivian Virissimo