A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros informaram no início da noite desta quinta-feira (17) que chega a 111 o número de mortos em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, após as chuvas com deslizamentos na última terça-feira (15). Mais de dez crianças estão entre as vítimas.
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No segundo dia de buscas por mortos e desaparecidos, que ultrapassam 100 pessoas, a cidade teve dois novos deslizamentos de encostas no bairro 24 de Maio e algumas sirenes chegaram a ser acionadas pela Defesa Civil.
No fim desta tarde, a chuva, que já estava prevista, chegou à cidade. A prefeitura de Petrópolis informou que está em alerta, já que há previsão de chuvas de moderada a forte na sexta-feira (19) e no sábado (20).
Segundo informações do governo estadual do Rio, desde a última quarta-feira (16) 24 pessoas foram resgatadas com vida e mais de 700 foram encaminhadas para centros de acolhimento montados em escolas e igrejas.
Por conta das chuvas da última terça, 89 áreas foram atingidas, provocando 26 deslizamentos. O município decretou estado de calamidade pública desde a última quarta-feira (16).
Em entrevista coletiva dada na tarde da última quarta-feira (16) pelas autoridades estaduais, o governador Cláudio Castro (PL) afirmou que essa “foi a pior chuva da região desde 1932”.
Outros desastres como esse já ocorreram na serra fluminense. Em 1988, foram 134 mortos em Petrópolis. Em 2011, 918 pessoas morreram e outras dezenas desapareceram na região serrana, principalmente em Nova Friburgo e Teresópolis.
No entanto, há 90 anos que Petrópolis não via uma chuva tão volumosa em 24 horas como a que foi registrada na cidade nesta semana, com um acumulado de 259 mm. Os dados são do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Nautrais (Cemaden), divulgados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O recorde anterior era de 168,2 mm, em 20 de agosto de 1952.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Eduardo Miranda