Forma de passar saberes para novas gerações se dá pela oralidade
A pandemia de covid-19 em terras indígenas causou um dano particular e irreparável: diversas etnias perderam anciões para a doença. O que dá traços de maior preocupação para esse fato é que os mais velhos eram as herdeiros de todo um conhecimento próprio de cada povo que foi perdido, segundo lideranças indígenas ouvidas na edição de hoje (22) do Programa Bem Viver.
Muitas vezes, no modo de vida das comunidades, a forma de passar saberes para novas gerações se dá pela oralidade, em um processo que não ocorre de um dia para o outro, mas ao longo do tempo, nas ocasiões certas. Quando um ancião morre de maneira antecipada, todo um conhecimento geracional que se perde.
Segundo especialistas, isso não afeta só a comunidade, mas a sociedade como um todo, que perde saberes únicos e valiosos. Por isso, grupos estão articulados cobrando autoridades governamentais pelas perdas. Na opinião de lideranças, as mortes poderiam ter sido evitadas se não fosse o atraso na vacinação de povos indígenas.
Luta no campo
Mobilizações de agricultores assentados por reforma agrária também são destaque da edição de hoje do Bem Viver, que repercute uma conversa com o membro da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues. Ele fez um balanço da atuação do MST na doação de alimentos durante a pandemia e compartilhou a agenda do movimento para os próximos meses.
Ele também falou sobre as eleições presidenciais deste ano e sobre a necessidade de se manter mobilizado para derrotar nas urnas projetos ultraconservadores. A entrevista foi concedida ao programa BdF Entrevista, direto do assentamento do MST em Euclides da Cunha Paulista, localizado na do Pontal do Paranapanema.
João Paulo Rodrigues tem quase toda sua trajetória pessoal e profissional vinculada a luta pela reforma agrária. Formado em ciências sociais, ele foi uma das principais lideranças na ocupação de terra pelo MST no interior de São Paulo, ainda na década de 1980. Anos mais tarde, já nos anos 2000, ele foi coordenador do escritório do MST em Brasília por quatro anos. Atualmente, é uma das principais vozes do movimento.
Causos
O colunista e contador de causos Mouzar Benedito, que é jornalista e geógrafo, separou para os ouvintes do Bem Viver uma explicação bem humorada e devidamente exemplificada do que significa folclore e como ele está inserido, mais do que se pensa, na política brasileira.
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Edição: Sarah Fernandes
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