Na manhã desta sexta-feira, 25, Dia Internacional de Mobilizações para Liberdade de Assange, militantes de movimentos sociais e populares realizaram um ato em Brasília, em frente as embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido, exigindo a liberdade do jornalista.
Segurando cartazes, bandeiras e uma faixa que dizia “Liberdade para Assange Já”, os manifestantes entregaram nas embaixadas, a carta “Julian Assange não deve ser extraditado, Julian Assange deve ser libertado!”, da Assembleia Internacional dos Povos (AIP).
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“A perseguição e prisão de Assange não visa apenas silenciar seu trabalho, mas também atacar todo bom jornalismo e todas e todos aqueles que levantam sua voz para espalhar a verdade sobre a violência, guerras e tentativas de dominação por parte dos países imperialistas”, destaca trecho da Carta.
Dirigente Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Sandra Cantanhede, ressaltou que Julian Assange é um preso político e por isso a necessidade de enfrentamento a essa prisão. “É um dia importante de luta que acontece em outros estados para manifestar nossa solidariedade. Essa é uma luta pela liberdade de expressão, pelo direito de ir e vir, sabemos dessa importância, porque é uma pauta nossa e por isso estamos aqui, porque defendemos essa liberdade e também lutamos pela liberdade de Assange e somos contrários à extradição dele para os EUA”.
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Para o coordenador da Central de Movimento Populares no DF, Afonso Magalhães, Assange prestou um serviço para a humanidade revelando as ações criminosas dos EUA. “É um absurdo essa perseguição e nós nos somamos a esse clamor mundial pela liberdade dele”.
Criador da plataforma Wikileaks, Julian Assange, é perseguido politicamente há mais de 12 anos por denunciar diversos crimes cometidos pelo governo dos EUA. Desde abril de 2019, está preso em uma penitenciária de segurança máxima em Belmarsh, cidade próxima a Londres.
“Assange não cometeu crime, ele é jornalista e ele fez o trabalho como jornalista que é de denunciar as injustiças e os crimes que foram cometidos”, reforçou o militante do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras por Direitos (MTD), Nilson Alexandre.
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Dirigente Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Sara Oliveira, destacou que quando acontece uma “injustiça em qualquer lugar do mundo, um violação de direitos humanos, nós de movimentos sociais nos indignamos também e por isso, estamos aqui hoje para manifestar nossa solidariedade, exigir a liberdade de Assange e que parem com essa criminalização e que não aconteça essa extradição dele para os EUA”.
Em dezembro de 2021, uma sentença da Justiça britânica autorizou a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos, onde responderá por acusações de espionagem e crimes cibernéticos. Juntas, essas acusações podem lhe render 175 anos de prisão. Assange ainda pode recorrer contra essa decisão.
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“Nós, do Levante Popular da Juventude, nos manifestamos contra qualquer ofensiva à liberdade de ser e viver. Assange está preso por não abdicar do direito de se manifestar, e denunciar os crimes bárbaros cometidos por governos, principalmente o governo dos Estados Unidos. Por isso, nós somos contra o imperialismo e por liberdade à Assanje já!”, disse Aline Côrtes, da coordenação nacional do Levante Popular da Juventude no DF.
Os atos pela Liberdade de Assange também ocorreram em cidades como Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo.
Fonte: BdF Distrito Federal
Edição: Flávia Quirino