Representantes russos comentaram nesta sexta-feira (25) a possibilidade de diálogo entre Rússia e Ucrânia. O Kremlin afirma que está disposto a negociar, mas criticou a liderança do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e também destacou que a Ucrânia se retirou de conversas por uma reunião.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, ao comentar sobre a possibilidade de negociações entre Moscou e Kiev, declarou que a Rússia sempre responde aos pedidos de negociações.
"Sempre respondemos aos pedidos de negociações. Sempre os conduzimos mesmo com os adversários mais duros e agressivos. Mas a questão é o que o presidente do nosso país acabou de dizer: sobre a adequação das pessoas que fingem ser os líderes daquele país", disse ela.
Anteriormente nesta sexta-feira (25), Zelensky, havia declarado que estava pronto para discutir o status de neutralidade da Ucrânia e estaria aberto a negociar com a Rússia para pôr fim à operação militar russa no país do Leste europeu.
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Posteriormente, foi informado que o presidente Vladimir Putin considerou a possibilidade de enviar representantes do Ministério da Defesa, do Ministério das Relações Exteriores e de seu governo para negociações com uma delegação ucraniana. A reunião foi proposta para ser organizada em Minsk, na Bielorrússia.
No entanto, o secretário de imprensa do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, afirmou que as autoridades ucranianas reconsideraram a ideia de estabelecer negociações com os russos em Minsk.
"Depois de uma pequena pausa, os ucranianos disseram que estavam reconsiderando a ideia de Minsk e que agora queriam ir para Varsóvia. E depois disso eles saíram completamente dos contatos e fizeram uma pausa. E essa pausa já está durando há muito tempo", declarou o porta-voz do Kremlin.
De acordo com ele, as autoridades ucranianas estariam usando essa pausa para implantar vários sistemas de lançamento de foguetes em áreas residenciais.
"Essa pausa já está acontecendo por muito tempo. Infelizmente, essa pausa vem acompanhada do fato de que nas grandes cidades, de fato, o que o presidente estava falando, nas grandes cidades, elementos nacionalistas estão realizando a implantação de múltiplos sistemas de foguetes em áreas residenciais, inclusive em Kiev", disse Peskov.
Na última quinta-feira (25), a Ucrânia decidiu romper as relações diplomáticas com Moscou por conta da operação militar russa no território ucraniano, anunciada pelo presidente russo Vladimir Putin no mesmo dia.
Edição: Thales Schmidt