A petroleira britânica BP anunciou neste domingo (27) que pretende descontinuar sua participação de 19,75% na empresa russa Rosneft. Desde 2013, a BP tem participação na estatal e anunciou que a invasão da Ucrânia motivou a decisão.
A Rosneft tem outros acionistas privados além dos britânicos, mas o governo russo controla a maior parte das ações da companhia.
“O ataque da Rússia à Ucrânia é um ato de agressão que está tendo consequências trágicas em toda a região. A BP opera na Rússia há mais de 30 anos, trabalhando com brilhantes colegas russos. No entanto, esta ação militar representa uma mudança fundamental. Isso levou o conselho da BP a concluir, após um processo minucioso, que nosso envolvimento com a Rosneft, uma empresa estatal, simplesmente não pode continuar. Não podemos mais apoiar representantes da BP que tenham um papel no conselho da Rosneft", afirmou o presidente da BP, Helge Lund, em comunicado.
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O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou em suas redes sociais que deve existir um "embargo total" do gás e do petróleo russo.
"Comprá-los agora significa pagar pelo assassinato de homens, mulheres e crianças ucranianas. Congratulo-me com os primeiros passos decisivos de vários Estados europeus a este respeito e exorto outros a procederem resolutamente e sem demora", disse o chanceler.
A Rússia fornece cerca de 40% do gás natural da Europa. A Alemanha anunciou na terça-feira (22) a suspensão da certificação do gasoduto russo Nord Stream 2. A decisão foi tomada após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconhecer as repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, mas antes da invasão russa.
Edição: Camila Salmazio