A reunião do Conselho de Segurança da Nações Unidas (CSNU) foi marcada, nesta quinta-feira (11), por trocas de acusações entre Rússia e Ucrânia. O encontro foi convocado por Moscou por conta das denúncias de que existiriam armas químicas e biológicas sendo desenvolvidas em laboratórios ucranianos. O embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, disse que pássaros e morcegos poderiam ser utilizados para espalhar patógenos.
De acordo com Moscou, os Estados Unidos ajudam a Ucrânia no desenvolvimento dessas armas biológicas. A Casa Branca nega que esteja operando laboratórios de armas biológicas no país europeu.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, rejeitou as acusações e disse que é a Rússia quem planeja simular um ataque biológico falso para justificar operações militares.
"A Rússia tem o histórico de acusar países de cometerem violações que ela mesmo está cometendo", afirmou. "E acreditamos fortemente que a Rússia – que há anos apoia o regime de Bashar Al Assad, que usa armas químicas da Síria – também planeja usar armas do tipo na Ucrânia".
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Mais sanções e mais refugiados
Ainda nesta sexta-feira (11), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou novas sanções contra a Rússia e disse que medidas similares serão adotadas pelos países do G7.
O G7 é uma organização que reúne os países com o maior produto interno bruto (PIB) do mundo e conta com a presença de Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido.
“Vamos tomar medidas para negar o status de 'nação mais favorecida', que significa que dois países concordam em fazer negócios entre eles nos melhores termos possíveis, com menos barreiras e com mais comércio, maior volume de importações. Quando a Rússia perder esse tipo de status, ficará mais difícil fazer negócio com os Estados Unidos e também com outros países que representam a metade da economia global”, afirmou Biden.
O presidente dos EUA ainda destacou que atuará para impedir que os russos liderem "instituições multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outras". Biden, todavia, descartou um envolvimento militar direto porque uma confrontação entre Rússia e Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) "seria a terceira guerra mundial”.
Segundo levantamento feito pelo Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) nesta sexta (11), a guerra entre Rússia e Ucrânia já resultou em 2,5 milhões de refugiados. A maior parte dessas pessoas, quase 1,5 milhão, fugiu para a Polônia.
Edição: Rodrigo Durão Coelho