Na Colômbia, o candidato à presidência pela coalizão Pacto Histórico, Gustavo Petro, denunciou uma suposta fraude nas eleições legislativas realizadas no último domingo (13). De acordo com o levantamento dos fiscais eleitorais da chapa de esquerda, 1.079 mesas dentro do território colombiano e 801 no exterior não foram informadas pelo poder eleitoral, em 23.072 locais houve duplicidade de votos e em outras 29.425 zonas eleitorais não houve registro de votos para o Pacto Histórico.
A coalizão de unidade do campo progressista obteve a maior votação da história, elegendo 16 senadores e 25 deputados, no entanto, segundo Petro, a votação poderia ser ainda maior. "Nas 29 mil mesas que não se registraram votos, constitui mais de 25% da votação, algo impossível de acreditar", comentou.
Petro obteve cerca de 4,5 milhões de votos nas eleições primárias e 2,3 milhões para eleição como senador, ambos processos foram realizados no domingo.
O senador e candidato à presidência solicitou uma reunião com observadores internacionais para apresentar as inconsistências nas cédulas de votação. Na Colômbia, o voto é no papel e cerca de 38 milhões de pessoas foram convocadas a participar do processo do último domingo.
"Esses dados foram compilados com o esforço de 67 mil testemunhas eleitorais que conseguimos mobilizar. A tentativa de ocultar votos do Pacto é gigante e sistemática", denunciou o senador.
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A Registradoria Nacional da Colômbia não respondeu diretamente o senador, mas afirmou que 98% das cédulas de votação foram publicadas para conferência e a contagem dos votos avança com "normalidade" a 72% do total das mesas de votação. A missão de observação eleitoral da União Europeia publicou seu parecer final, destacando a "transparência do processo".
Gustavo Petro é favorito na disputa para a presidência no dia 29 de maio. Segundo as últimas pesquisas de opinião, com cerca de 42% de intenções de voto, seguido de Sérgio Fajardo, da coalizão Centro Esperança, com 18,9% da preferência.
Edição: Thales Schmidt