Eu estou em contato com os leitores todo dia
"Ninguém espera ganhar um prêmio desse com o seu primeiro livro". É assim que a escritora Monique Malcher, autora do livro Flor de Gume, conta como reagiu ao resultado do Prêmio Jabuti de Literatura, em 2021, no qual ela foi consagrada com o título de melhor publicação na categoria Contos.
Nascida em Santarém, no Pará, Monique batalha para superar rótulos como "escritora regional", "escritora jovem" ou "escritora paraense". Diz que se vale deles, apenas, para demarcar espaços e denunciar o imenso abismo que existe entre as regiões no país, sobretudo quando se trata de acesso à cultura, literatura e conhecimento.
"O que é produzido no Norte e no Nordeste ainda tem uma dificuldade de chegar aos leitores, e o prêmio ajuda nesse sentido, de fazer essa voz ser ouvida ainda mais", pontua a escritora.
Monique Malcher é a convidada desta sexta-feira(18) do quadro Entrevista Central, do programa Central do Brasil, que é exibido de segunda a sexta-feira, às 19h45, pela TVT e toda a rede Brasil de Fato.
Além de falar sobre a recepção ao prêmio, a escritora conta detalhes do enredo do seu primeiro livro e do relacionamento com os leitores, tanto nos canais virtuais quanto presencialmente.
"Eu estou em contato com os leitores todo dia. Uma coisa que eu jamais pensei viver: enquanto eles estão lendo, mandam mensagens falando 'Monique, eu estou na página tal, estou sentindo tal coisa'", relata.
A paraense, que já está em processo de lançar um novo livro - ainda sem título revelado - explica também como os clubes de leitura focados em descobrir mulheres na literatura foram fundamentais para disseminação de Flor de Gume. A partir deles, segundo ela, professoras adotaram a obra, novos leitores surgiram, até chegar ao Prêmio Jabuti.
"As professoras das universidades federais me convidavam, eu falava sobre o livro, e as alunas depois falavam: 'olha, eu tenho um clube de leitura, além da universidade. Você quer levar teu livro? E eu ia", conta.
E tem mais
No Embarque Imediato, a diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação(CNTE), Fátima Silva, faz uma balanço das mobilizações dos professores em defesa do pagamento do piso salarial. Na última quarta-feira (16), a categoria realizou um ato nacional exigindo o cumprimento da lei.
E, como já é tradição de toda sexta-feira, o quadro Trilhos do Brasil faz mais um giro pelas campanhas e ações solidárias espalhadas pelo país. Dessa vez, a nossa reportagem traz o projeto Banho Solidário Sampa, que oferece serviço de banho para pessoas em situação de rua. Outro destaque é a ação Caminho da Arte, do Instituto Casa do Caminho, em Poços de Caldas (MG), que garante cultura, esporte e lazer para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Na Parada Cultural, a dica é o livro A Indústria do Petróleo - disputa por territórios cada vez mais profundos, escrito por Luiz Alencar Dalla Costa, coordenador nacional do Movimento de Atingidos por Barragens(MAB). A obra é fruto de uma pesquisa feita há mais de 10 anos a respeito da indústria do petróleo no Brasil.
Sintonize
Para acompanhar o Central do Brasil, basta sintonizar a TVT em uma antena digital, interna ou externa. Na grande São Paulo, o canal é o 44.1 (sinal digital HD aberto); na NET o canal é o 512 (NET HD-ABC); no UHF, a sintonia é 46; 13 na NET-Mogi; e Canal 12 na Vivo São Caetano do Sul.
A sintonia da Rádio Brasil Atual é 98,9 FM na Grande São Paulo. Também é possível acompanhar a programação radiofônica pelo site do Brasil de Fato.
Quem está fora de São Paulo, pode sintonizar a TVT com a parabólica, via satélite. É necessário direcionar a antena para StarOne C3 Freq: 3973 Mhz Pol: Vertical, DVB-s2; SR: 5000 FEC ¾. Confira mais informações neste link.
Dados da menor estação receptora
Antena: Embrasat modelo RTM 2200Std
Focal-Point
Diâmetro 2,2m
Ganho de recepção no centro do Feixe (Dbi) 37,5
G/T da estação (dB/K) 18,4
Edição: Geisa Marques