igualdade

Programa Bem Viver discute estratégias para tornar mercado de trabalho mais negro e feminino

Projeto PretaLab mapeia a situação das mulheres negras dentro do ramo da tecnologia

Ouça o áudio:

Mônica Costa
Embora representem quase 30% da população brasileira, as mulheres pretas ainda são minoria nas empresas de tecnologia - Pedro Stropasolas/Brasil de Fato
Mulheres pretas são minoria nas empresas de tecnologia, ocupando apenas 11% dos cargos

O ramo da tecnologia é um dos que mais se expandem anualmente no mercado de trabalho brasileiro, mas será que ele cresce de forma inclusiva? Segundo especialista ouvida na edição de hoje (18) do Programa Bem Viver ainda falta um longo caminho para que esse ramo se torne mais negro e feminista.

Embora representem quase 30% da população brasileira, as mulheres pretas ainda são minoria nas empresas de tecnologia, ocupando apenas 11% dos cargos no setor, segundo pesquisa divulgada pela iniciativa PretaLab. O projeto mapeia qual a situação das mulheres negras dentro do ramo da tecnologia.

“Quando falamos que as mulheres negras não estão totalmente representadas nesse espaço de tecnologia, estamos falando de uma desigualdade estrutural, a partir do racismo e do machismo, que é como se funda a nossa sociedade brasileira”, afirma Sil Bahia, codiretora executiva do Olabi, organização social criadora da PretaLab.

Despejo Zero

Ontem (17), pelo menos 22 capitais registraram atos da campanha Despejo Zero. Milhares de manifestantes, de diferentes movimentos populares, ocuparam as ruas pedindo que o Supremo Tribunal Federal renove a liminar que impede despejos durante a pandemia. A medida, que encerra no próximo dia 31, é um salvaguardado para meio milhão de pessoas que vivem em ocupações.

São Paulo foi uma das capitais que mais concentrou manifestantes. Segundo os organizadores, foram mais de 10 mil pessoas nas ruas. A manifestação encerrou em frente ao Tribunal de Justiça, onde foi entregue um ofício pedindo que os magistrados não determinem despejos durante a pandemia, além da realizarem uma audiência pública para ampliar a discussão sobre o tema.

Manifestações semelhantes ocorreram em outras capitais, como Rio de Janeiro, Florianópolis, Goiânia, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Manaus e Belém. Em Brasília, o ato foi em frente ao Supremo Tribunal Federal.

Biodigestores

Já ouviu falar de biodigestores? Trata-se de uma ferramenta capaz de converter resíduos orgânicos, como dejetos de animais ou restos de alimentos, em biogás, que pode ser utilizado em um fogão, por exemplo, substituindo o botijão.

No Piauí, por conta de uma mobilização do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), o governo do estado está construindo biodigestores em comunidades rurais. Na primeira etapa, 140 famílias serão atendidas.


Confira como ouvir e acompanhar o Programa Bem Viver / Brasil de Fato

Sintonize

O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo.

Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Palermo (SP); Rádio Cantareira (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG), Rádio Pife, de Brasília (DF), Rádio Cidade, de João Pessoa (PB), Rádio Palermo (SP), Rádio Torres Cidade (RS) e Rádio Cantareira (SP).

A programação também fica disponível na Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas: Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.

Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o programa Bem Viver de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse em veicular o conteúdo. Para fazer parte da nossa lista de distribuição, entre em contato pelo e-mail: [email protected].

Edição: Sarah Fernandes