O podcaster, Bruno Aiub, conhecido como Monark, reapareceu nas redes sociais, nesta terça-feira (22), para anunciar o fim de suas "férias". Na verdade, ele estava afastado das redes desde fevereiro após ter sido punido por fazer apologia ao nazismo no Flow Podcast, programa o qual era um dos sócios e acabou afastado devido à fala ao vivo.
"Minhas férias acabaram, se preparem que eu to de volta, agora com mais liberdade do que nunca!", exclamou Monark. Sua postagem foi interpretada por usuários das redes sociais como uma sinalização de que não se arrependeu por sua fala defendendo a existência de um partido nazista e que não aprendeu nada com as punições.
Além de demitido do Flow Podcast, Monark passou a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo Ministério Público Federal (MPF) por apologia ao nazismo, e foi banido do YouTube, que ainda o proibiu de criar um novo canal para monetizar vídeos.
Apesar de ter pedido desculpas por defender a legalização de um partido nazista, Monark se vitimizou e sinalizou, em seu retorno às redes sociais, que não considera ter errado. Ao contrário, ele acredita ter sido alvo de "censura".
Tanto é que, após dizer que "as férias acabaram", fez outra postagem, compartilhando uma publicação da plataforma Rumble com um anúncio de que atuará no Brasil. Canadense, a Rumble é um site de vídeos similar ao YouTube muito popular entre a extrema direita dos Estados Unidos por encampar menos punições e ser considerada por este público como mais "livre". Trata-se da plataforma escolhida por Donald Trump para "driblar" sua exclusão do YouTube.
"Ta ai uma plataforma que respeita a liberdade de expressão e que nao vai censurar ninguém", escreveu Monark.
Relembre o caso Monark
O apresentador Bruno Aiub, conhecido como Monark, defendeu no dia 7 de fevereiro, durante edição ao vivo do Flow Podcast, a existência de um partido nazista.
Em entrevista com os deputados federais Tabata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (Podemos), o apresentador afirmou que “a esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical. As duas tinham que ter espaço na minha opinião”.
“Eu acho que tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei”, disse. E ainda e perguntou: “as pessoas não têm o direito de ser idiotas?”
Esta não é a primeira vez em que Monark dá opiniões controversas, normalmente tendendo à extrema direita. Em outubro do ano passado ele fez uma postagem em seu perfil no Twitter com a seguinte indagação: “ter uma opinião racista é crime?”
Após a repercussão negativa da frase, inclusive com a perda de patrocinadores, ele afirmou que foi mal-interpretado.
“Fala manos, muita gente interpretou minha defesa a liberdade de expressão como a defesa de opiniões hediondas como racismo ou homofobia. Só reforçando que tais opiniões são abomináveis e eu gostaria que ninguém as tivesse. Todo discurso de ódio é maléfico a sociedade”, publicou, tentando remediar.