Trabalhadores do sistema público de saúde de Minas Gerais fazem coro a outras categorias do serviço público mineiro e rechaçam a proposta de Romeu Zema (Novo) de reajuste de 10%. Nesta semana, a categoria fez um protesto em frente ao Hospital João XXIII e apontou que, caso o governo não negocie, existe a possibilidade de deflagração de greve.
Dentre as reivindicações dos trabalhadores está a elaboração de um novo plano de carreira da categoria, um reajuste salarial maior que o proposto pelo governo e isonomia entre diaristas e plantonistas.
Em nota, o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG) afirmou que o reajuste proposto pelo governo estadual é cerca de três vezes menor do que a categoria deveria receber.
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“É no mínimo três vezes abaixo das perdas salariais a que a categoria foi submetida com uma década sem reajuste salarial. O sindicato irá manter a pressão para que as pautas dos trabalhadores sejam contempladas”, enfatiza o documento.
Situação é grave
Trabalhadores com mais de 10 anos sem reajuste ou recomposição salarial, servidores com salários abaixo do piso estabelecido nacionalmente e estrutura de carreira que não atende às necessidades. Para o diretor do Sind-Saúde/MG Renato Barros, esse seria o retrato da situação enfrentada pela categoria hoje.
Ao Brasil de Fato MG, Renato afirmou que o cenário é grave e tem gerado insatisfação. “As nossas perdas no último período representam uma perda em torno 32,6% e é isso o que reivindicamos”, enfatizou.
Trabalhadores não querem só aplausos
Em nota, o Sind-Saúde/MG afirmou ainda que, apesar do sindicato tentar estabelecer diálogo com o governo do estado, a equipe de Zema tem dificultado o avanço das pautas da categoria e, até o momento, não apresentou resposta.
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“Não queremos apenas aplausos. Queremos reconhecimento financeiro e que o governo nos possibilite ter uma carreira digna”, reforçou Renato.
O outro lado
Em reposta ao Brasil de Fato MG, o governo de Minas afirmou que “mantém diálogo aberto com todas as categorias, levando em conta as necessidades dos servidores e o importante trabalho prestado por eles ao estado”.
Reforçou que, atualmente, tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) um projeto de lei enviado pelo Executivo que prevê o reajuste salarial de 10,06% para todos servidores públicos estaduais e que o percentual estabelecido é o que a Lei de Reponsabilidade Fiscal (LRF) permite no momento.
Fonte: BdF Minas Gerais
Edição: Larissa Costa