O Governo do Distrito Federal anunciou nesta segunda-feira (28) que implantará nos próximos meses o Plano de Urgência pela Paz nas Unidades Escolares do DF.
Alguns detalhes da iniciativa foram informados durante coletiva de imprensa pelos secretários Gustavo Rocha Casa Civil), Hélvia Paranaguá (Educação) e de Júlio Danilo (Segurança Pública). Pelo cronograma, o plano deverá ser concluído até o dia 27 de abril e implementado até 6 de junho.
Onda de violência nas escolas
O objetivo da iniciativa é coibir a onda de violência nas unidades de ensino da rede pública do DF, ocorrida nos últimos dias, quando uma série de brigas violentas foram registradas, incluindo casos de esfaqueamento e ameaças com armas de fogo.
O pacote de iniciativas será levado para 126 escolas nas quais foi detectado o maior número de casos de brigas e agressões entre os alunos, mas a ideia é que até junho todas as escolas já tenham o plano implementado.
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Violência
A onda de violência nas escolas públicas do DF ligou o alerta nas autoridades. Um dos casos ocorreu na Colégio Fundamental do Bosque, em São Sebastião, quando uma estudante de 14 anos foi esfaqueada por um colega na quadra de esportes da escola, no último dia 23 de março. Ela recebeu diversos golpes nas costas e nos braços e precisou ser hospitalizada.
Outro ataque ocorreu em Ceilândia Sul, quando um adolescente se envolveu numa confusão e foi espancado, incluindo golpes de faca na barriga e no pescoço. A vítima precisou passar por cirurgia.
Durante uma discussão entre adolescentes Centro Educacional São Francisco, o CED Chicão, também em São Sebastião, no último dia 22 de março, uma jovem sacou uma arma de fogo e chegou a apontar uma uma aluna. O caso foi filmado por outros estudantes e causou grande repercussão.
Secretarias participantes
Além da secretaria de Educação, que coordena a comissão, e da de Segurança Pública, o grupo será composto pelas pastas da Saúde, Esportes, Juventude e Justiça.
O chefe da Casa Civil do governo, Gustavo Rocha, lembrou que o governo está tomando providências para coibir a violência e transformar as escolas num ambiente de paz, mas que é importante o envolvimento de toda a sociedade, sobretudo das famílias dos estudantes.
“É fundamental a participação da família para que possamos minimizar e acabar de uma vez por todas com a violência nas escolas”, destacou. “Vamos agir não só para evitar que aconteçam esses casos como também para conscientizar e orientar os nossos jovens mostrando a cultura de paz e o correto a ser feito”, acrescentou.
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Um das medidas anunciadas é a elaborado uma cartilha, intitulada Caderno de Convivência Escolar e Cultura de Paz. O material estará até o dia 20 de abril em todas as escolas do DF, para servir de base para a formação dos profissionais de educação.
A secretária ressaltou que o trabalho com professores pela cultura da paz deve ser realizado constantemente, devido aos professores temporários, que ingressam na rede pública de ensino a cada dois anos.
Alternativas
A Secretaria de Saúde participa do plano por meio de dois programas, que deverão sem ampliados. Um deles é o programa de Saúde Escolar, que previne desde a proliferação do mosquito da dengue até o uso de drogas e álcool.
De acordo com a secretária Hélvia Paranaguá, o trabalho foi implementado em 365 das 690 escolas da cidade. O outro programa chama-se Práticas Integradas Complementares (PIC), que consiste no uso de práticas que buscam o equilíbrio do indivíduo, como Reiki, massagens e bate-papo entre estudantes, mas que está presente em apenas 30 unidades de ensino da capital.
O secretário de Segurança Pública disse que a prevenção contará também um instrumento denominado varredura, que consiste na revista dos pertences dos alunos ou nas salas de aula. Júlio Danilo destacou, no entanto, que a iniciativa deve ser solicitada pela escola para que seja feita.
“Esse é um procedimento padrão, já homologado pelo Ministério Público e realizado pelo Batalhão Escolar”, frisou o secretário. O titular da Segurança Pública também informou que está sendo retomado o programa de Repressão e Prevenção às Drogas nas Escolas.
Fonte: BdF Distrito Federal
Edição: Flávia Quirino