Conhecido nas redes sociais por se promover em ações policiais, se apresentando como policial militar embora já esteja fora da corporação, o vereador Gabriel Monteiro (sem partido) aparece em um vídeo ao qual o portal G1 teve acesso tentando convencer um morador em situação de rua a praticar um furto na Lapa, na região central do Rio de Janeiro.
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O objetivo de Gabriel e de sua equipe era simular o crime para que o vereador pudesse aparecer nas imagens que seriam veiculadas em suas redes dando voz de prisão ao suposto ladrão. No vídeo para as redes, o parlamentar aborda o morador como se tivesse flagrado o furto e diz que está "tentando [resolver a situação] no diálogo".
Cenas de bastidores do vídeo, que não seriam veiculadas com o suposto flagrante, mas que foram feitas por um ex-funcionário do gabinete do vereador, mostram o homem, já convencido a praticar o furto, pegando e jogando no meio da rua uma bolsa vermelha que seria supostamente da vítima mulher. É neste momento que Gabriel aparece e dá voz de prisão.
Ao perceber a armação e que a ação estava sendo filmada de dentro de um carro pela equipe de Gabriel, o morador passa a reclamar. O vereador pergunta, então, se ele acha que está certo e o morador afirma que sim e que aceitou simular o furto pelo dinheiro que ganharia porque está vivendo na rua e passando fome.
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Em seguida, diante do impasse, um homem entra em cena e passa a discutir com o morador. Este homem foi identificado como integrante da equipe de Gabriel e ameaça o morador: "Vai tomar na cara! Vai tomar na cara! Tá abusando já". O homem da equipe de Gabriel empurra o morador no chão e ameaça pegar um revólver que está na cintura.
Segundo o G1, o agressor é o soldado da Polícia Militar Pablo Batista Foligno, cedido pela corporação a pedido de Gabriel. Ele tem salário de R$ 7.500, dinheiro indenizado pela Câmara de Vereadores à Polícia Militar do Estado para que o funcionário ficasse cedido ao Legislativo da cidade. O soldado aparece também em outros vídeos da equipe de Gabriel Monteiro.
Na última terça-feira (29), o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal adiou, por 5 votos a 2, a decisão sobre a conduta do vereador. No último domingo (27), uma reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, mostrou ex-funcionários acusando Gabriel Monteiro de assédio moral e sexual. Há, também, a acusação de estupro por uma vítima que não foi identificada.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Eduardo Miranda