Olhar para o passado ditatorial do Brasil é uma tentativa de superar as heranças cruéis do período
Há 58 anos, as Forças Armadas instauravam a ditadura militar no Brasil. Durante 21 anos, repressão política, autoritarismo, censura e tortura contra a população que se posicionava contra o sistema fizeram parte do cenário brasileiro.
De acordo com a Comissão Nacional da Verdade, pelo menos 50 mil pessoas foram presas somente nos primeiros meses da ditadura militar e cerca de 20 mil brasileiros passaram por sessões de tortura. O mesmo levantamento nos mostra que, até hoje, 210 pessoas estão desaparecidas.
Diante do legado sombrio que representou o regime militar para o Brasil, o governo Bolsonaro, desde sua campanha, sempre deixou claro o "saudosismo" em relação ao golpe de 1964. Por diversas vezes, ele fez pronunciamentos favoráveis à tortura e ao regime.
Para Gabrielle Abreu, coordenadora de memória, verdade e justiça do Instituto Vladimir Herzog e convidada do Entrevista Central do programa Central do Brasil desta sexta-feira (1), a postura do atual presidente abre uma "ferida" para o povo brasileiro.
"É um equívoco Bolsonaro e sua base se manifestarem a favor do período ditatorial, porque essa postura favorável ao golpe de 64 vir por parte do governo federal e do Estado acaba abrindo um precedente muito perigoso e incentivando que a sociedade se sinta confortável a elogiar esse período. Isso é uma ameaça para a democracia da sociedade brasileira", analisa.
Gabrielle também fala sobre como a falta de punição e a tentativa de apagar ou reverter essa história do Brasil acaba perpetuando a violência e violações de direitos humanos.
"A falta de punição penal contra os torturadores da ditadura, os agentes de estado que atuaram contra a população brasileira naquele período faz com que não consigamos rever a conduta das forças policiais e militares do país. Isso é um erro e reflete hoje, na nossa polícia que é violenta, principalmente, contra a população jovem, negra e periférica", analisou
E tem mais!
No quadro Trilhos do Brasil, você acompanha um projeto em São Paulo que tem ajudado crianças e adolescentes em situação de rua a garantir direitos básicos, principalmente, aos estudos. Além disso, você também assiste a outra experiência solidária, em Curitiba, que ajuda mulheres vítimas de violência e em situação de vulnerabilidade social.
Nesta quinta-feira (31), o governo exonerou Sérgio Camargo da presidência da Fundação Palmares. Adriana Moreira, da organização Uneafro, participa do Embarque Imediato e avalia a gestão de Camargo e o que significa politicamente a exoneração dele do cargo.
Para encerrar a semana, a Parada Cultural indica o clipe "Saudade", da cantora Renata Soul. A obra traz um diálogo sobre o afeto e a saudade, mostrando de forma leve a parceria de um casal, por meio de suas memórias.
Sintonize
Para acompanhar o Central do Brasil, basta sintonizar a TVT em uma antena digital, interna ou externa. Na grande São Paulo, o canal é o 44.1 (sinal digital HD aberto); na NET o canal é o 512 (NET HD-ABC); no UHF, a sintonia é 46; 13 na NET-Mogi; e Canal 12 na Vivo São Caetano do Sul.
A sintonia da Rádio Brasil Atual é 98,9 FM na Grande São Paulo. Também é possível acompanhar a programação radiofônica pelo site do Brasil de Fato.
Quem está fora de São Paulo, pode sintonizar a TVT com a parabólica, via satélite. É necessário direcionar a antena para StarOne C3 Freq: 3973 Mhz Pol: Vertical, DVB-s2; SR: 5000 FEC ¾. Confira mais informações neste link.
Dados da menor estação receptora
Antena: Embrasat modelo RTM 2200Std
Focal-Point
Diâmetro 2,2m
Ganho de recepção no centro do Feixe (Dbi) 37,5
G/T da estação (dB/K) 18,4
Edição: Matheus Alves de Almeida