A população da Hungria vai às urnas neste domingo (3) para renovar seu Parlamento e votar em um referendo convocado pelo partido governista Fidesz com perguntas sobre educação sexual para "crianças". O tema é uma das apostas do primeiro-ministro Viktor Orbán para conseguir um novo mandato.
Ainda que tenha a liderança nas intenções de voto, o premiê não deve conseguir repetir as grandes maiorias que formou no Parlamento e permitiram que conseguisse reformular a Constituição do país.
O prefeito de Hódmezővásárhely, Péter Márki-Zay, uma cidade de pouco mais de 40 mil habitantes, ganhou as prévias da coalizão opositora, batizada de "Unidos pela Hungria", e enfrentará Orbán nas urnas. A coalizão de oposição encabeçada por Márki-Zay é formada por partidos de direita, centro e centro-esquerda.
Caso eleito, Márki-Zay promete eliminar a legislação de Órban que proibiu menções a pessoas LGBTQIA+ em material escolar e em programas de televisão para menores de 18 anos. O candidato a premiê também promete reformular a Constituição do país para “restaurar o estado de direito”.
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O referendo em que os húngaros votarão inclui perguntas sobre o apoio ao ensino de "orientação sexual" e uma suposta promoção de "terapia de redesignação sexual para crianças menores de idade".
Em fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) visitou Orbán em Bucareste e os dois líderes ressaltaram sua defesa da "família". O premiê da Hungria afirmou na ocasião que conversou com o presidente brasileiro sobre "ataques à família" e fez uma defesa dos "valores cristãos".
Com a derrota eleitoral de Donald Trump, que recentemente defendeu o voto em Orbán, as eleições parlamentares da Hungria são importantes para o futuro da extrema direita.
Edição: Arturo Hartmann