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Ucrânia afirma ter retomado ao redor de Kiev, após retirada de tropas russas

Nas redes sociais, vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Malyar, afirmou que entorno da capital do país foi retomado

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Conflito entre Rússia e Ucrânia completa 37 dias com escalada de tensões - Aris Messinis / AFP

Neste sábado (2), Hanna Malyar, vice-ministra da Defesa da Ucrânia, postou em rede social que o país expulsou as tropas russas que estavam no entorno da capital Kiev. Cidades de Irpin, Bucha, Hostomel teriam sido retomadas pelo governo ucraniano.

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Desde de meados de março o exército russo dominava a região e ameaçava tomar controle de Kiev. Porém, após a quinta rodada de negociações presenciais, que aconteceu na última terça-feira (29), na Turquia, as autoridades de Moscou se comprometeram a reduzir "drasticamente" sua presença militar no território ucraniano.

Corredor humanitário

Havia expectativa de que, nesta sexta-feira (1) e sábado (2), um corredor humanitário poderia ajudar na evacuação de milhares de civis. No entanto, segundo o Ministério da Defesa russo, a ação não pôde ser realizada por uma falha da Cruz Vermelha. 

Ainda na quinta-feira (31) foi selado um acordo entre Rússia, Cruz Vermelha e Agência de Refugiados da ONU (Acnur) para a evacuação de civis, principalmente da cidade de Mariupol, uma das mais atingidas pelo conflito. 

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Em seis semanas de guerra, cerca de 10 milhões de ucranianos tiveram que abandonar suas casas e a cifra de refugiados em outros países subiu para 4 milhões de pessoas. Deste total, cerca 614 mil foram para a Rússia.

Tentativa de dialogo

Também no sábado, Dmitry Peskov, porta-voz presidencial russo, afirmou que o Klemlin não vai desistir das negociações com a Ucrânia, por mais difíceis que estejam. 

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"O mais importante é encontrar um lugar onde concordemos com os negociadores ucranianos, e é importante que elas [as negociações] continuem, seja em Istambul, seja onde for, mas o mais importante é que continuem. Isso porque, no final das contas, todos querem que os objetivos da operação militar sejam atingidos o mais rápido possível, e que estas hostilidades terminem. Isso é possível através destas negociações pacíficas, embora elas sejam complicadas", disse Peskov em entrevista ao canal Belarus 1.

Edição: Lucas Weber