O presidente do Clube de Regatas do Flamengo, Rodolfo Landim, decidiu recusar a indicação para presidir o Conselho de Administração da Petrobras. A decisão foi comunicada com uma nota oficial divulgada neste domingo (3).
Landim foi indicado ao cargo pelo governo federal após a saída do almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira do posto. A eleição ocorrerá em 13 de abril. Em comunicado, o dirigente alegou que quer se dedicar inteiramente ao Flamengo.
"Apesar do tamanho e da importância da Petrobras para o nosso país, e da enorme honra para mim em exercer este cargo, gostaria de informá-lo que resolvi abrir mão desta indicação, concentrando todo meu tempo e dedicação para o ainda maior fortalecimento do nosso Flamengo", declarou.
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O Ministério de Minas e Energia se manifestou sobre a recusa de Landim. A pasta afirmou "entender perfeitamente" as motivações do presidente do Flamengo e desejou sucesso à frente do clube carioca.
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"Em face das suas argumentações, entendemos, perfeitamente, as razões que o motivaram a declinar da indicação para a presidência do Conselho de Administração da Petrobras", informou a pasta.
Landim foi indicado ao cargo junto de outros 13 nomes ao conselho da estatal. Entre eles, está o indicado de Jair Bolsonaro (PL) ao cargo de presidente, o economista Adriano Pires.
As mudanças ocorrem após o general da reserva Joaquim Silva e Luna ser demitido da presidência da Petrobras em 29 de março, após a empresa obter um lucro recorde e aumentar o preço da gasolina em quase 19%.
Flamengo, Bolsonaro e pandemia
Em setembro do ano passado, o Brasil de Fato mostrou que Landim aproximou o Flamengo de Bolsonaro e usou o clube para defender ideias do presidente. Durante a pandemia, o Flamengo foi o clube brasileiro que mais defendeu a abertura dos estádios aos torcedores, o que aproximou o presidente do clube de Bolsonaro.
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou a pandemia do coronavírus no dia 11 de março de 2020. Três meses depois, o futebol estava suspenso no país. Contraário a medida, o Flamengo enfrentou o vírus e voltou aos treinos clandestinamente, escondido da prefeitura e do governo do Rio de Janeiro, que haviam proibido as atividades para proteção sanitária.
Edição: Marina Duarte de Souza