Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, referente ao período de 2 de janeiro a 26 de março de 2022, foram registrados 5.902 casos de dengue, 3.241 de chikungunya e 207 de zika em Pernambuco.
O estudo foi publicado neste mês de abril e, em comparação com o mesmo período no ano passado, apresentou um aumento de quase três vezes nos casos de chikungunya e duas nos de zika em Pernambuco
A dona de casa Maria Mendes da Luz, de 64 anos, reside em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, e teve chikungunya pela primeira vez em 2017. Há cinco anos ela convive com a artrose que adquiriu após a doença, que contraiu novamente no início deste ano.
“Com o tempo eu não conseguia mais lavar roupa na mão, tive que comprar uma máquina de lavar. Eu não conseguia nem segurar um talher, um talher, que eu não tenho força. Eu vou fazer tratamento pelo resto da minha vida, acordo com muitas dores”, destaca.
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Mas este tipo de dor não é exclusividade dos idosos. A servidora Camila Lucena, de 34 anos, mora em Paulista, também na região metropolitana e contraiu chikungunya em abril do ano passado. Até hoje ainda convive com as dores.
“Hoje, basicamente, eu tenho as dores no punho, no tornozelo e nos dedinhos, assim, nas articulações dos dedos. Eu não consigo pegar meu filho no braço, por exemplo. Essas pequenas atividades diárias é o que você se sente impedido de fazer”, lamenta.
Apesar do aumento no número de casos já ser identificado, ainda não estamos no período em que há a maior proliferação da doença, que é no período de chuvas.
Alta precoce
“Este é um problema não só em Pernambuco, como também é um problema do país inteiro. Esta é uma época do ano que a gente já espera um aumento importante no número de casos, mas este ano tem sido particularmente destacado o alto número de pessoas que a gente tem atendido”, destaca Aristóteles Cardona, médico de Saúde da Família e integrante da Rede de Médicas e Médicos Populares.
Segundo o Governo de Pernambuco, as ações de combate às arboviroses são realizadas pelas vigilâncias de saúde municipais que tem realizado ações educativas e de limpeza urbana para evitar a proliferação do mosquito “Aedes Aegypti”.
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É importante que toda a comunidade cumpra seu papel no combate ao mosquito que transmite a doença, evitando água parada em objetos como pneus garrafas e vasos de plantas. Além de manter a caixa d’água sempre limpa e fechada, bem como os poços e cisternas.
Fonte: BdF Pernambuco
Edição: Vanessa Gonzaga