Desafios dos trabalhadores no Brasil também são abordados
A edição de hoje (29) do Programa Bem Viver traz um balanço da mais recente da “Jornada de Lutas em Defesa da Reforma Agrária”, o conhecido Abril de Lutas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Foram diversas marchas, atos, acampamentos e atividades que ocorreram ao longo do mês. Para repercutir toda essa mobilização, ressaltando os objetivos, desafios e avanços, o Bem Viver conversa com dois representantes da coordenação nacional de Frente de Massas do MST: a Polly Soares, do Pará, e Márcio Santos, de São Paulo.
Os entrevistados debatem o real significado do termo reforma agrária, para aprofundar o debate e combater preconceitos. Uma dica é prestar atenção nas fontes de informação sobre este tema. A dica é se informar pelas plataformas do MST.
Dia do Trabalhador
No próximo domingo (1) é o Dia dos Trabalhadores, um momento chave para debater e cobrar direitos laborais. A data nasceu a partir de um evento histórico, dramático e violento e que é relembrada até hoje em pelo menos 80 países.
No Brasil, as mudanças na legislação trabalhista, logo depois o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em 2016, causam diversos impactos na vida dos trabalhadores.
A chamada reforma trabalhista já entrou no debate das eleições deste ano. De acordo com projeções de um relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil é o 9º país do mundo com maior taxa de desemprego.
Sem contar situação de subempregos e trabalho informal, a taxa de desemprego no país é de 13,7%, quando a média mundial é de 7,7%. Para se ter uma ideia, a Rússia, que está em guerra com Ucrânia, vive uma situação menos complicada, com taxa de 9,3%.
Ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou um pequeno alívio nos dados: em março o país teve um saldo positivo de 136 mil carteiras assinadas, quando se compraram contratações e demissões. Porém, o valor dos salários reduziram, caindo de uma média de R$ 1.910,79 para R$ 1.872,07.
Homenagens
O Bem Viver homenageia a genialidade de dois artistas que marcam a história da música brasileira e deixam saudades: Beth Carvalho e Luiz Gonzaga Júnior.
Amanhã (30) completam três anos da despedida da cantora, compositora e instrumentista carioca Beth Carvalho. Filha de João Francisco Leal de Carvalho e Maria Nair Santos, a artista teve influência da família na carreira musical. Começou pela Bossa Nova, mas ficou ainda mais conhecida no samba.
Por ajudar outros músicos em início de carreira, ela ficou conhecida como "Madrinha do Samba". Arlindo Cruz, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho e o grupo Fundo de Quintal são alguns dos nomes que contaram com o apoio da sambista. Ela também recebeu os títulos de "Rainha do Samba", "Madrinha do Pagode" e "Diva dos Terreiros".
Além do talento musical, Beth Carvalho se destacou na atuação política. Um exemplo foi a interpretação da música "Ordem e Progresso", de autoria de Zé Pinto, um dos símbolos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Também aclamado como um gênio da música nacional, Luiz Gonzaga Júnior, o Gonzaguinha, faleceu há exatos 31 anos. Filho de Luiz Gonzaga e da cantora e dançarina Odaléia Guedes dos Santos, ele nasceu no Rio de Janeiro e cresceu no Morro de São Carlos, no Estácio.
Gonzaguinha ficou órfão de mãe com dois anos de idade e foi criado pela madrinha Dina e pelo padrinho Henrique Xavier, conhecido como Baiano, quem o ensinou a tocar violão.
Aos 16 anos, Gonzaguinha decidiu morar com o pai, mas teve problemas no novo ambiente familiar e aceitou completar os estudos como interno em um colégio. Em 1967, ingressou na faculdade de Ciências Econômicas Cândido Mendes, no Rio de Janeiro.
O cantor e compositor fez parte de movimentos artísticos universitários e ficou mais conhecido na carreira na década de 1970. A música de Gonzaguinha permanece ecoando sua militância política, com letras marcantes, profundas e com linguagem simples e próximas do cotidiano da população.
Sintonize
O programa Radinho BdF vai ao ar às quartas-feiras, das 9h às 9h30, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista. A edição também é transmitida na Rádio Brasil de Fato, às 9h, que pode ser ouvida no site do BdF.
Em diferentes dias e horários, o programa também é transmitido na Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), e na Rádio Terra HD 95,3 FM.
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Edição: Sarah Fernandes