LUTA POR DIREITOS

Ato e audiência pública nesta terça (3) debatem viabilidade de criação de renda básica em PE

Manifestação acontece no Parque 13 de Maio, às 13h, e a audiência na Câmara Municipal do Recife, a partir das 15h

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Avaliação das organizações é que pauta da Renda Básica não deve se restringir a política institucional - MTD PE

Diante do contexto de aumento da fome e da pobreza, que atualmente vivem milhares de famílias na cidade do Recife, e para reivindicar a renda básica como um direito permanente, organizações, movimentos e coletivos populares realizam uma manifestação nesta terça (3), às 13h, no Parque Treze de Maio. O ato antecede a Audiência Pública que vai discutir a discutir o tema da renda básica na Câmara Municipal da capital pernambucana às 15h.

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Segundo dados do Ministério da Cidadania, Recife é a capital mais desigual do Brasil, onde 241.326 famílias sobrevivem em situação de pobreza. 

“Muitas famílias não estão conseguindo garantir direitos básicos. O aumento da pobreza é absurdo. A alimentação é primordial para se manter vivo, sem ela não é possível garantir outros direitos. Essa é uma pauta urgente que não dá para esperar. Diferente das pautas que atendem uma categoria, a renda básica atinge a todos e todas a fim de ultrapassar esse momento tão crítico no país e especificamente em Recife”, afirma Tita Carneiro, militante da Consulta Popular. 

A proposta de renda básica, defendida pelo Comitê Popular Recife, prevê o valor de R$ 512 mensais que deveriam ser pagos ainda este ano para mais de 120 mil famílias que recebem o Auxílio Brasil no município do Recife. Esse valor representa uma cesta básica para uma pessoa durante um mês.

“Essa proposta é uma forma de intervir no quadro de pobreza extrema que as pessoas enfrentem atualmente”, conta José Brito, do Movimento de Trabalhadores e Trabalhadoras por Direitos (MTD) e professor do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

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Os grupos prioritários são: moradores e moradoras de ocupações urbanas, famílias monoparentais chefiadas por mulheres com filhos e a população em situação de rua como uma forma de focar em grupos sociais dentro dessas 120 mil famílias que compõem o auxílio emergencial hoje. Segundo José, muitas dessas pessoas, por não ter endereço fixo, não têm acesso ao cadastro único e a programas de transferência de renda como o Auxílio Brasil. 

A fim de formar uma rede de luta pela implementação da renda básica em nível municipal e estadual, o Comitê Popular pela Renda Básica Recife junto com a Frente Ampla Estadual pela Renda Básica Pernambuco realizam também uma série de eventos e formações políticas para a população. Quem desejar saber mais sobre a iniciativa pode acessar o Instagram @rendabasicarecife.

Fonte: BdF Pernambuco

Edição: Vanessa Gonzaga