Os garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro, a Comlurb, recolheram 250,5 toneladas de resíduos do Sambódromo, que fica no centro da capital, após as duas semanas de desfiles das escolas de samba dos grupos Especial e de acesso (Série Ouro), das escolas mirins e do Sábado das Campeãs, no último fim de semana.
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Os trabalhadores atuaram dia e noite na Marquês de Sapucaí e nas ruas do entorno, como a Avenida Presidente Vargas. A quantidade de lixo recolhida inclui também o dia da apuração das notas, no último dia 26. Segundo a Prefeitura, 600 garis estiveram envolvidos no trabalho.
O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (4) pela Comlurb, que informou que na Intendente Magalhães, via do bairro de Vila Valqueire, na zona oeste do Rio, onde são realizados os desfiles da escola da chamada Série Prata, uma megaoperação dos trabalhadores recolheu 92 toneladas de lixo.
Menos de duas semanas do início do Carnaval, os trabalhadores da Comlurb realizaram uma greve que durou 11 dias para que a Prefeitura do Rio e o prefeito Eduardo Paes (PSD) aceitassem negociar um reajuste salarial de 20% pelas perdas inflacionárias e por não terem aumento da remuneração havia três anos.
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No acordo, firmado no último dia 8 para que os garis voltassem ao trabalho, foi garantido reajuste salarial em 6%, retroativo a março, mais 2% em agosto e um terceiro aumento residual, baseado na negociação com as demais categorias do funcionalismo público municipal, no segundo semestre.
A categoria também obteve vitória no aumento do percentual do valor do tíquete alimentação, que passou de 3% para 6%. A empresa se comprometeu, ainda, a concluir a implantação do Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS), retroativo a janeiro desse ano e garantiu adicional de insalubridade de 20% para as agentes de preparo de alimentos (APAs).