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Perdão de Bolsonaro a Daniel Silveira é desaprovado por 56%, diz Ipespe

Para 35%, a chance do voto no presidente diminui com o perdão ao deputado aliado

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Daniel Silveira exibe o decreto com o indulto concedido a ele por Jair Bolsonaro - Evaristo Sa / AFP

O indulto concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), seu aliado político, é desaprovado por 56% dos entrevistados pela pesquisa Ipespe divulgada nesta sexta-feira (6).

De acordo com o levantamento publicado nesta sexta-feira (6), apenas 29% dos entrevistados concordaram com a graça concedida pelo presidente. Para 35%, a chance do voto em Bolsonaro diminui com o perdão ao deputado aliado, enquanto para 31% não altera. Para 20%, a chance de votar no presidente aumenta.

Rejeição

Entre os recortes da pesquisa Ipespe divulgada nesta sexta-feira, um deles chama a atenção: 60% dos eleitores afirmam que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum. O alto índice é proporcional à desaprovação ao trabalho do mandatário: 62% desaprovam o governo de Bolsonaro e 63% acham que a economia está no caminho errado.

A pesquisa

Lula mantém a liderança na disputa presidencial com 48,8% dos votos válidos, segundo pesquisa Ipespe divulgada nesta sexta-feira (6). Bolsonaro marca 34% dos válidos no levantamento. Nos votos totais, Lula oscilou um ponto para menos e foi de 45% para 44%. Bolsonaro manteve os 31% da pesquisa anterior.

Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB) e André Janones (Avante) também mantiveram os mesmos índices, de 8%, 3% e 2%, respectivamente. Simone Tebet oscilou de 2% para 1% e Luiz Felipe d’Ávila marcou 1%. Outros candidatos não chegaram a 1%. Os números mostram uma tendência de estabilidade após a subida de Bolsonaro por causa da desistência de Sergio Moro (União) - quando saiu de um patamar estável, em torno de 26%, para os atuais 31%.

Segundo turno

No segundo turno, Lula vence Bolsonaro por 54% a 34% - mesmo placar da pesquisa anterior. O petista também vence Ciro (52% a 25%) e Doria (55% a 19%). Bolsonaro perde também para o candidato do PDT por 45% a 38% e vence Doria por 39% a 37%.

A pesquisa ouviu 1.000 eleitores por telefone entre os dias 2 e 4 de maio em todas as regiões do país. A margem de erro máximo estimada é de 3.2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,5%. O estudo está registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-03473/2022.