Em entrevista ao UOL/Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (11), o pré-candidato ao governo de Minas Gerais pelo PSD, Alexandre Kalil, falou que deseja uma aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e também aproveitou para desmentir o boato de que teria dado "bolo" ao não participar de agendas com o ex-presidente em Belo Horizonte e região metropolitana, apesar de ter sido convidado.
"Isso aí foi um mal entendido que saiu na imprensa, entre vários que saem, que eu teria dado um 'bolo' no presidente Lula. Primeiro, que eu acho que pelo tamanho do presidente Lula, ninguém dá bolo. E segundo, dar bolo é quando você marca alguma coisa e não vai. Isso me incomodou um pouco, porque além de uma atitude que parece de esnobação, ela é mal educada", respondeu.
Kalil disse ainda que deseja uma aliança "formal" com Lula. "Isso eu quero deixar muito claro, porque nós temos aqui um governador que foi abraçado, acarinhado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). E tem uma visão clara de política de Estado, de país, como o Bolsonaro. Eu tenho uma visão humana como o presidente Lula. Eu não tenho problema de andar com o presidente Lula", pontuou.
Kalil também voltou a elogiar o ex-presidente. "Já disse, e acho que disse aí na Folha, inclusive aí no UOL, que considero o presidente Lula um grande líder. Eu não tenho esse problema. Essa informação não é verdadeira. O que eu não quero é ir sem mão dada, sem aliança, porque isso tecnicamente prejudica uma campanha", afirmou.
Em relação ao impasse sobre a chapa PT-PSD em MG, o ex-prefeito afirmou que "existe um esforço muito grande da oposição, tanto do governador Romeu Zema (Novo), quanto do presidente Bolsonaro para tentar minar essa aliança".
Parte da bancada federal bolsonarista do PSD de Minas Gerais quer que o diretório estadual apoie a reeleição de Bolsonaro. Entre os parlamentares que mais defendem o apoio à reeleição do chefe do executivo está o deputado federal Diego Andrade (PSD).
Outra questão que esbarra na formação da aliança do PT com o PSD diz respeito à vaga no Senado na chapa do ex-prefeito de Belo Horizonte. O PSD resiste em retirar a candidatura de Alexandre Silveira (PSD). O PT, por sua vez, também não abre mão de seu pré-candidato, o deputado federal Reginaldo Lopes.
