Bela recepção

Vídeo: Bolsonaro ouve vaias e gritos de "Lula!" no interior de Sergipe

Presidente acenou para apoiadores, mas entre o público na rua havia também eleitores de Lula, que se manifestaram

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Jair Bolsonaro ouviu gritos de "Lula" durante passagem por Sergipe - Anderson Riedel/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL), em mais um ato de campanha eleitoral antecipada, saiu às ruas do interior de Sergipe em uma "motociata". Ele esteve no estado, nesta terça-feira (17), para participar da inauguração da duplicação de uma rodovia e, quando parou na cidade de Capela, ouviu gritos vaias e gritos de "Lula!" de parte do público. 

Vídeos divulgados por bolsonaristas, boa parte deles gravados mais próximos de Bolsonaro, mostram apoiadores do presidente gritando "mito". Um outro vídeo, feito de outro ângulo, registra jovens gritando "Lula" para o chefe do Executivo, que acena. 

Os gritos em referência ao ex-presidente petista teriam partido de alunos do Colégio Estadual Irmã Maria Clemência, que fica na região. 

 

Em determinado momento da solenidade que participou para "inaugurar" duplicação de uma rodovia em Sergipe, Bolsonaro começou a apresentar os deputados federais de sua base de apoio que estavam presentes.

À medida em que os nomes eram anunciados, o público saudava cada um deles com uma enorme vaia. Estavam por lá e não escaparam da ira do público os deputados Bosco Costa (PL), Fábio Reis (PSD) e Gustinho Ribeiro (Republicanos).

Na mesma agenda, Bolsonaro afirmou ao lado do ex-presidente Fernando Collor, que a população nordestina está "cada vez mais se libertando" da "velha política".

"O Nordeste é nosso. Mais do que uma obra entregue hoje aqui, 120 quilômetros de duplicação da BR-101, a satisfação de cada vez mais ver o nosso povo se inteirando e conhecendo a política nacional. Ver cada vez mais o interesse de vocês pelo destino da nossa nação. Vê-los também, cada vez mais, se libertando da velha política brasileira", disse.

"Nós temos como fazer juntos um Brasil diferente. Ou melhor, já estamos fazendo dessa forma", completou ele.

Depois de fazer agradecimentos, Bolsonaro se dirigiu a Collor como "presidente" e afirmou que, para atuar na política e lidar com pressões e críticas, é necessário ter "couro grosso".

Pouco antes, Collor havia elogiado o atual governante e minimizado a repercussão do episódio sobre a compra de leite condensado por parte da União.