Radinho BdF

Crianças compartilham curiosidades sobre dinossauros e debatem risco de extinção de espécies

Aquecimento global pode ocasionar a extinção em massa de animais e plantas, em processo causado pelo ser humano

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Recriação da primeira espécie de dromeossaurídeo, dinossauro carnívoro apontado como o parente mais próximo das aves - Divulgação/ Museu Nacional
Répteis gigantes habitaram a Terra há 65 milhões de anos

Há mais ou menos 65 milhões de anos, habitavam a Terra espécies com dentes e garras afiadas, outras com pescoços longos que alcançavam a copa das mais altas árvores e algumas ainda com bicos finos que auxiliavam a caça. O planeta era um lugar dominado pelos dinossauros.

Além de serem animais fascinantes, estudar sobre a vida desses répteis gigantes pode ajudar crianças e adultos a entender sobre a extinção dos animais da atualidade. Por isso, a edição de hoje (18) do Radinho BdF volta no tempo para o Período Jurássico com pequenos cientistas que entendem tudo sobre dinossauros.

“Eu queria dizer uma curiosidade: a palavra dinossauros veio do grege antigo. ‘Dino’ significa terrível e ‘sauro’ quer dizer lagarto ou réptil”, contou Rudá César Oliveira Fagundes, de 9 anos, que falou com o Radinho de Dourados (MS).

Esses “répteis terríveis” (ou nem tanto) viviam em diferentes locais do planeta, das montanhas aos vales e dos céus ao fundo dos oceanos. Cada espécie possuía características próprias de alimentação e defesa.

Paleontólogos mirins

Apesar de terem sido extintos há tanto tempo, as espécies de dinossauros ainda são bastante conhecidas, principalmente pelas crianças.

“O Pteroladilo é meu dinossauro favorito. Ele mergulha no mar para pescar e tem asas”, contou Ceci Perez Pompeu, que mora em São Paulo e tem 4 anos. O Pterodáctilo, da família de répteis voadores, tinha uma crista e um bico longo, com corpo semelhante ao dos pássaros atuais.

“Os meus preferidos são o T-Rex e o velociraptor porque eles são muito rápidos” contou a Alice, de 4 anos, que mora em Londrina (PR). Os cientistas dizem que os Velociraptores pesavam até 15 quilos e podiam chegar a até dois metros de altura.

Em diferentes espécies, os dinossauros possuíam hábitos alimentares bastantes distintos. Algumas espécies eram carnívoros, herbívoros e onívoros, semelhante com várias espécies atuais.

“O triceratops e estegossauro são herbívoros. Os tiranossauros são carnívoros e alguns dinossauros do céu e da água são onívoros”, disse Sofia Gomes, de 6 anos, direto de São Paulo. “Herbívoros são aqueles que só comem plantas, com uma pessoa que é vegana. A maioria dos seres humanos come tudo, como os dinossauros onívoros. Outros são carnívoros, que só comem carne”, explicou Rudá.


Ameaçado de extinção em décadas anteriores, mico-leão-dourado hoje tem população de milhares de animais por conta de projetos de preservação da espécie / Divulgação/Andreia Martins/AMLD

Risco de extinção

A ciência já sabe que não foi apenas um meteoro que extinguiu os dinossauros. Estudos indicam que isso ocorreu aos poucos, devido às condições desfavoráveis para os animais se alimentarem e se reproduzirem. Uma situação semelhante em alguns pontos pode ocorrer nos dias atuais.

“Os dinossauros morreram por causa de um meteoro gigante que caiu no planeta Terra e causou uma tempestade de poeira que cobriu a luz do sol. Os dinossauros ficaram um longo período sem luz e acabaram morrendo por causa disso”, disse Raul Carrion, que tem 8 anos e mora em São Paulo.

O aquecimento global, um dos principais problemas ambientais da atualidade, aumenta a temperatura da Terra e coloca em risco diversas espécies de plantas e animais, que ou serão forçados a se adaptar às mudanças ou podem desaparecer completamente.

As condições de vida para os animais e plantas pode piorar se a temperatura do planeta aumentar 1,5 °C, como prevê o Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima da Organização das Nações Unidas.

Esse aumento na temperatura, que parece pequeno, é suficiente para colocar em risco de extinção entre 9% e 14% das espécies que vivem no planeta. Se a temperatura aumentar 2°C, esses números sobem até 18%. Os insetos polinizadores, como as abelhas, serão um dos primeiros a desaparecer, segundo cientistas, o que pode acarretar impactos para diversas espécies de plantas que dependem delas para se reproduzir.

Para reverter a situação, é urgente adotar posturas mais responsáveis com o meio ambiente reduzindo a emissão de gases poluentes na atmosfera. Essas ações não podem ser apenas individuais: governos e empresas, que são os principais responsáveis pela poluição, devem adequar as suas atividades a práticas menos prejudiciais para o meio ambiente.


Ilustração de um dilophosaurus de tamanho médio / Reprodução / jurassicworld-evolution.fandom

Novo dinossauro

Paleontólogos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) descobriram no começo de maio o dinossauro mais antigo da região nordeste do Brasil. Eles encontram uma vértebra deste espécime perto no município de Ibimirim, no sertão pernambucano.

Ainda não é possível definir exatamente qual a espécie, mas já se sabe que ele é um Terópode, um dinossauro que andava em duas pernas e que viveu durante o Período Jurássico, há pelo menos 145 milhões de anos atrás.

A vértebra encontrada é parecida com a do Dilophosaurus de tamanho médio, uma espécie que pode abrir duas membranas ao lado da cabeça como se fossem asas, quando se sentem ameaçados.

Músicas e história

Já pensou se os dinossauros ainda existissem? A escritora Ruth Rocha imaginou e escreveu uma história em forma de poesia, com uma surpresa inesperada. Quem conta é a Lara Chacon, parceira do Radinho BdF.

No episódio, as crianças ainda podem colocar o corpo para dançar ao som de “Estória da Floresta”, do Milton Nascimento e “Dinossauros”, do Mundo Bita.


Toda quarta-feira, uma nova edição do programa estará disponível nas plataformas digitais / Brasil de Fato / Campanha Radinho BdF

Sintonize

O programa Radinho BdF vai ao ar às quartas-feiras, das 9h às 9h30, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista. A edição também é transmitida na Rádio Brasil de Fato, às 9h, que pode ser ouvida no site do BdF.

Em diferentes dias e horários, o programa também é transmitido na Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), e na Rádio Terra HD 95,3 FM.

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Edição: Camila Salmazio