Os Estados Unidos tornaram-se o primeiro país do mundo a atingir a cifra de 1 milhão de mortos pela covid-19, segundo dados da Universidade Johns Hopkins e da plataforma Our World in Data, publicados nesta quarta-feira (18). A cifra é equivalente a soma de todos os óbitos registrados na Europa ou na América do Sul. Além disso, o país acumula 82,7 milhões de casos.
O surgimento da variante ômicron, em dezembro de 2021, considerada a cepa mais contagiosa do vírus, provocou o aumento dos óbitos, apesar da vacinação de cerca de 50% da população estadunidense no início de 2022.
A taxa de mortalidade chegou a uma média de 2 mil falecidos por dia em janeiro e fevereiro deste ano — um total de mais de 125 mil mortes em dois meses.
Apesar de ser a maior potência econômica mundial, desde 2020, os EUA se mantiveram no topo do ranking entre as nações mais afetadas pela pandemia. A primeira morte confirmada por covid-19 foi anunciada no final de fevereiro de 2020: um homem de 50 anos do estado de Washington. Já no início de abril de 2020, a infecção causada pelo coronavírus havia matado mais estadunidenses do que todos os militares mortos nas guerras no Iraque e no Afeganistão juntos.
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Em dezembro de 2020, quando iniciou a campanha de vacinação, o país registrava cerca de 300 mil mortos pela doença.
De lá pra cá, mais de 332 milhões de doses de vacinas contra o vírus sars-cov2 foram aplicadas em todo o país. No entanto, somente 66% da população estadunidense completou o ciclo de imunização, sendo Nova York o estado com a maior porcentagem de vacinados, 77% da população, enquanto a Georgia está na base do ranking, com uma relação de apenas 54% de imunizados.
"Como nação, não devemos ficar insensíveis a tanta tristeza. Devemos permanecer vigilantes contra essa pandemia e fazer tudo o que pudermos para salvar o maior número possível de vidas, pois temos com mais testes, vacinas e tratamentos do que nunca", declarou o presidente Joe Biden na última quinta-feira (12), quando o país se aproximava da cifra de 1 milhão de mortos.
Apesar de controlar estoque de vacinas contra a covid-19 e até suspender os repasses financeiros à Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a pandemia, a Casa Branca não conseguiu conter a emergência sanitária dentro do seu território. O número de óbitos supera os mortos da Guerra Civil, considerado o evento mais sangrento da história do país, com cerca de 750 mil militares e 50 mil civis falecidos.
Edição: Thales Schmidt