MDB, PSDB e Cidadania decidiram, numa reunião entre os presidentes das três legendas, respectivamente Bruno Araújo, Baleia Rossi e Roberto Freire, que a senadora Simone Tebet (MDB-MS) será a candidata deste grupo político à Presidência da República.
A intenção e a decisão são oficiais, mas para ser levada a cabo será necessária ainda a aprovação das diretorias executivas nacionais das três siglas, o que deve ocorrer, separadamente, na próxima terça-feira (24).
No caso de um sinal positivo dos caciques do PSDB aderindo à candidatura única de Tebet, o maior prejudicado será o ex-governador paulista João Doria. Ele venceu as prévias do partido, em novembro do ano passado, e desde então luta para manter seu nome na disputa pelo Palácio do Planalto, embora venha apresentado resultados pífios nas pesquisas de intenção de voto.
Doria tem estado sob forte pressão da legenda para desistir e se diz vítima de uma sequência de tentativas de “golpe” para retirá-lo da disputa.
A celeuma para evitar atritos com Doria chegou a um ponto que, ao final da reunião que definiu um candidato único dos três partidos, o nome de Simone Tebet não foi mencionado. O que já havia sido dito é que o candidato seria ela ou Doria e que a decisão foi pelo nome com menor rejeição. Ou seja, Tebet.
Na terça-feira (17), o ex-chefe do Executivo de São Paulo ameaçou entrar na Justiça para garantir seu nome na urna pelo PSDB. Ele alega que as decisões tomadas em âmbito administrativo não podem se sobrepor aos resultados das prévias, consulta que leva em consideração a opinião de todos os filiados de uma sigla.