O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou neste sábado (21/05) um decreto aprovado pelo Congresso americano que concede um pacote de ajuda humanitária e militar à Ucrânia no valor de 40 bilhões de dólares.
O auxílio, aprovado com o apoio dos democratas e da grande maioria dos republicanos na Câmara e no Senado, aprofunda o compromisso dos EUA com a Ucrânia num momento de incerteza sobre o futuro da guerra, prestes a entrar em seu quarto mês, e que promete se estender.
O financiamento destina-se a apoiar a Ucrânia pelos próximos cinco meses e é bem superior ao pacote anterior, aprovado em março, de 13,6 bilhões de dólares.
A nova ajuda inclui 20 bilhões de dólares em assistência militar, 8 bilhões para apoio econômico geral, cinco bilhões para enfrentar a escassez de alimentos e mais de 1 bilhão para ajudar os refugiados. O valor também deve ser investido em veículos blindados e em defesa antiárea.
:: Como a Ucrânia aumentou cinco vezes seu orçamento militar em menos de três meses de guerra ::
Biden assinou a medida em circunstâncias incomuns.Por estar em viagem à Ásia, um funcionário dos EUA levou uma cópia do projeto em um voo comercial para Seul, na Coreia do Sul, para o presidente assiná-la, informou a Casa Branca.
O esforço logístico reflete a necessidade urgente em torno do apoio contínuo dos EUA à Ucrânia, mas também os desafios internacionais sobrepostos que Biden enfrenta: enquanto tenta reorientar a política externa americana para enfrentar a China, continua a direcionar recursos para o maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, agradeceu publicamente a ajuda. "O apoio do poder executivo [dos Estados Unidos], do presidente Biden e do povo americano para a luta [da Ucrânia] contra o agressor russo é crucial", escreveu no Twitter em ucraniano e em inglês, classificando o auxílio como "mais necessário do que nunca".
Grateful to @POTUS for signing the law on additional support for 🇺🇦. The leadership of 🇺🇸, President Biden & the American people in supporting 🇺🇦's fight against the Russian aggressor is crucial. Look forward to new, powerful defense assistance. Today it is needed more than ever.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) May 21, 2022
Também neste sábado, a Rússia proibiu permanentemente a entrada no país de Biden e de outros 962 cidadãos americanos, em resposta às sanções de Washington a Moscou.
Entre os altos funcionários dos EUA sancionados estão o secretário de Estado, Antony Blinken, o ministro da Defesa, Lloyd Austin, e o diretor da CIA, William Burns.
G7 aprova ajuda de quase US$ 20 bilhões
Na sexta-feira, os ministros das Finanças do G7 concordaram em fornecer 19,8 bilhões de dólares em ajuda econômica à Ucrânia. O anúncio foi feito ao fim de uma cúpula em Königswinter, nos arredores de Bonn, na Alemanha.
A invasão da Ucrânia pela Rússia afetou severamente a capacidade de Kiev de cobrar impostos, e estima-se que o governo precisará de 15 bilhões de euros nos próximos três meses para continuar funcionando. O auxílio financeiro deve ser usado, por exemplo, para pagar salários de funcionários públicos e manter os serviços públicos enquanto a guerra continua.
(com informações da EFE, AFP e Lusa)