O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) no Distrito Federal obteve uma importante conquista nesta segunda-feira (23), após fechar um acordo com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab) que assegura a destinação de moradia popular para cerca de 1 mil famílias cadastradas na lista de vulnerabilidade do órgão.
O acordo ocorre depois de uma grande ocupação que reuniu mais de 800 famílias em uma área pública do bairro Sol Nascente, periferia do DF, entre sábado (21) e domingo (22).
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Eles cobravam a solução para a situação dessas pessoas, que esperam há anos pela entrega de moradias por meio de programas habitacionais do Governo do Distrito Federal (GDF), mesmo estando registradas na lista de famílias em situação de vulnerabilidade social.
Segundo Eduardo Borges, da coordenação nacional do MTST, houve intensas negociações no fim de semana com integrantes do GDF e com as forças policiais, que destinaram um forte aparato de segurança para promover uma eventual desocupação da área, que não chegou a ocorrer.
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"No domingo, tivemos uma intensa negociação com o aparato policial formado por cerca de 70 viaturas da polícia militar. As famílias estavam preparadas para resistir, a não ser que a gente saísse com algum tipo de resposta. Quando a proposta foi verbalizada pela direção da Codhab, nós nos comprometemos a desocupar a área. Mas era preciso garantir que a promessa fosse registrada em papel, por isso fizemos um ato nesta segunda na sede da Codhab, com mais de 1 mil pessoas. Foi vitória do povo trabalhador", afirmou.
Na reunião da manhã desta segunda, ficou acertado que a a Codhab vai aplicar a totalidade das 420 unidades habitacionais da Quadra 105 do Sol Nascente, bem como 50% das unidades habitacionais Tamanduá, no Recanto da Emas, para a lista de vulnerabilidade.
A Codhab também deverá encaminhar a lista integral dos integrantes do MTST colocados entre os 1 mil primeiros da lista de vulnerabilidade, no prazo de 7 dias corridos, para serem atendidos após o encaminhamento das obras.
O GDF ainda se comprometeu a promover articulações no sentido de viabilizar o acolhimento de outras famílias vulneráveis ainda não inscritas na lista prioritária.
Fonte: BdF Distrito Federal
Edição: Flávia Quirino