Sob o governo de Cláudio Castro (PL), em apenas um ano de gestão, o Rio de Janeiro viveu uma sequência de 39 chacinas com 178 mortes promovidas pelas polícias. As informações são de levantamento realizado pelo Instituto Fogo Cruzado, que reúne dados sobre a violência armada, em conjunto com o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni-UFF). E mostram ainda que o governador é responsável pelas duas maiores chacinas em operações policiais da história do Rio.
O estudo leva em conta o massacre ocorrido nesta terça-feira (24), em que uma ação policial na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, zona norte da cidade, deixou 25 pessoas mortas e entrou para a história como o segundo mais letal.
Até a noite de terça eram contabilizadas 22 mortes, mas outras duas pessoas morreram durante a madrugada, segundo informações do G1. O terceiro óbito seria de um adolescente levado para a UPA do Alemão, mas que já chegou morto à unidade de saúde.
Cláudio Castro também acumula as 28 mortes da operação realizada em maio de 2021, na favela do Jacarezinho, a mais letal da história fluminense. São consideradas chacinas, de acordo com os pesquisadores na área de segurança pública, todas as ações com ao menos três mortes.
Segundo o levantamento, dos 39 massacres sob a gestão de Cláudio Castro, a maioria – 31 – ocorrem durante operações policiais. Ao todo, os agentes provocaram 150 mortes, o equivalente a 84% dos assassinatos.
Apenas nos cinco primeiros meses deste ano, foram registradas 82 mortes em 16 chacinas em todo o estado do Rio de Janeiro. Outro estudo do Instituto Fogo Cruzado em parceria com o Geni-UFF revela ainda que em um período de 14 anos, entre 2007 a 2021, ao todo 593 chacinas policiais foram contabilizadas.