O Ministério da Saúde anunciou na última quinta-feira (2) que estendeu o prazo da Campanha Nacional de Vacinação contra os vírus da gripe e do sarampo. A aplicação das vacinas está ocorrendo em grupos prioritários até o dia 24 de junho.
Os grupos prioritários para tomar a vacina do sarampo são crianças entre seis meses e 5 anos e trabalhadores da saúde.
O Calendário Nacional de Vacinação orienta que a vacina – também chamada de tríplice viral, pois engloba a imunização contra sarampo, caxumba e rubéola – deve ser aplicada nos bebês ao completarem 1 ano de idade, com reforço entre os 4 e os 6 anos. Além disso, é recomendada a aplicação de uma dose em adultos entre 30 e 50 anos que não foram vacinados na infância ou na juventude.
Quanto à vacina da gripe, os grupos prioritários são: idosos acima de 60 anos de idade; trabalhadores da saúde; crianças entre 6 meses e 5 anos incompletos; mulheres gestantes e no puerpério; povos indígenas; professores; pessoas que vivem com comorbidades ou deficiência permanente; integrantes das forças de segurança, de salvamento e Forças Armadas; caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso; trabalhadores portuários; funcionários do sistema prisional; população privada de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas.
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A estimativa é que cerca de 80 milhões de brasileiros recebam as doses das vacinas, que já foram distribuídas para todas as regiões do país a fim de serem aplicadas em postos de saúde do SUS. A campanha de vacinação que começou no dia 4 de abril vacinou cerca de 44% do público previsto.
A partir do dia 25 de junho, os estados e municípios que ainda possuírem doses disponíveis da vacina da gripe poderão ampliar o público que recebe as imunizações. A vacinação estará liberada para toda a população a partir de 6 meses de idade.
O objetivo da ampliação do prazo é aumentar a cobertura vacinal e aumentar a imunidade coletiva contra essas doenças. Em 2019, o Brasil perdeu o certificado de erradicação do sarampo, concedido pela Organização Pan Americana de Saúde, por conta da queda na cobertura vacinal. Desde então, foram registrados 26 óbitos de crianças menores de 5 anos e mais de 1,6 mil pessoas foram internadas por sarampo no país. Estes números, que não eram vistos desde o início dos anos 2000, foram registrados pelo Núcleo de Informação, Políticas Públicas e Inclusão (Nippis).
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Edição: Thalita Pires