De acordo com a agência de notícias AFP, já são 49 mortes decorrentes da explosão registrada em um depósito de contêineres em Bangladesh neste domingo (5). Os serviços de emergência continuam no local tentando apagar as chamas e resgatar mais vítimas. Já são cerca de 300 feridos.
Segundo o general principal Jamil Uddin Ahmad, CEO do Serviço de Bombeiros e Defesa Civil de Bangladesh, as explosões foram sentidas em até quatro quilômetros de distância. Ahmad também informou que entre as vítimas fatais, estão cinco bombeiros. Outros 15 estão entre os feridos.
Há relatos, inclusive, de que a explosão vidros de janelas de casas próximas. "A explosão me jogou a uma dúzia de metros de onde eu estava. Minhas mãos e pernas estão queimadas", disse Tofael Ahmed, motorista de caminhão que estava no local, à agência de notícias AFP.
"Um cilindro voou cerca de meio quilômetro do local do incêndio e caiu num pequeno lago", comentou o comerciante Mohgammad Ali. "A explosão provocou bolas de fogo, que caíram como chuva. Estávamos com tanto medo que tentamos fugir imediatamente”, disse também à AFP.
O incêndio começou por volta das 21h20 do sábado (4) em uma instalação de contêineres da BM Inland Container Depot, da empresa holandesa Joint Venture Bangladesh, em Chittagong, a aproximadamente de 20 quilômetros do maior porto marítimo de Bangladesh. “Não temos certeza de como isso começou, pode ter sido devido a um ato de sabotagem”, relatou o diretor do BM, Muzibur Rahman, à Agência EFE.
O chefe do Serviço de Bombeiros de Chittagong, Anisur Rahman, disse que os “contêineres começaram a explodir” depois de um incêndio que atingiu ao todo 16 unidades da empresa. Alguns dos contêineres “tinham produtos químicos altamente inflamável”, disse Rahman à Agência EFE.
O porta-voz da Associação de Contêineres Interiores de Bangladesh (BICA), Ruhul Amin Sikder, comparou a ocorrência com a explosão que ocorreu em Beirute, no Líbano, em agosto de 2020, que matou 218 pessoas. “Depois do incêndio, alguns recipientes com peróxido de hidrogênio”, então “a magnitude da explosão não é menor do que a que vimos em Beirute, no Líbano, há alguns anos”, disse.
Edição: Marina Duarte de Souza