Os moradores da região de Pinheiros enfrentam problemas com as construtoras de edifícios residenciais há pelo menos dois anos.
A área, que antes tinha muitas casas e pequenos comércios que ajudavam a economia local, agora é predominantemente vertical, com inúmeros edifícios.
Os problemas são muitos e de diferentes tipos. Rosanne Brancatelli, coordenadora do movimento Pró-Pinheiros, explica que além do barulho, as construtoras já tomaram metade das calçadas com os tapumes, deixam concreto e lama escorrerem pelos córregos, sem contar a falta de luz solar causada pelos arranha-céus.
Guilherme Saraiva, que se mudou para Pinheiros ainda criança, em 1964, conta que em sua rua, são poucas as casas que sobraram. O morador reclama do assédio das empreiteiras, que não param mesmo ele reiterando que não quer vender a casa. Para Guilherme, o poder público é negligente e a sensação é de desesperança.
O movimento Pró Pinheiros, grupo formado por moradores, comerciantes e associações da região nasceu em maio do ano passado para tentar suspender a construção de mais prédios na região, zelar pela saúde física e mental dos moradores e preservar a história do bairro.
O movimento lançou um abaixo-assinado com mais de 5 mil assinaturas. O documento foi entregue ao secretário Adjunto da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento, José Armenio Brito Cruz, na última quinta-feira, dia 2 de junho.
Durante reunião com integrantes do movimento Pró Pinheiros, foi discutida a revisão do limite da altura dos prédios, bem como manter o último quadrilátero no baixo Pinheiros.
Rosanne Brancatelli, uma das coordenadoras do movimento Pró-Pinheiros, avalia que é nítido o desinteresse da prefeitura pela preservação da área. E que, espera que o manifesto com mais de 5 mil assinaturas seja acatado e que a única vila do bairro Pinheiros que ainda está de pé, continue do jeito que está.
Confira as principais notícias desta quarta (08/06), no áudio acima.
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