Caminhões circularam na Rodovia Ayrton Senna, em São Paulo, com faixas protestando contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), na manhã de quinta-feira (23). A mensagem "Bolsonaro te enganou" percorreu dezenas de quilômetros da rodovia.
Outros dois veículos também exibiram faixas com os dizeres: "R$ 7/litro – diesel do Bolsonaro" e "Bolsonaro traidor". O grupo responsável pela ação, formado por ativistas em articulação com caminhoneiros, prefere não se identificar.
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A manifestação ocorre após o aumento nos combustíveis anunciado pela Petrobras na semana passada. O reajuste é de 5,2% no preço da gasolina e 14,2% do diesel. Com isso, o litro do diesel atingiu os R$ 7.
O preço da gasolina e do diesel em postos de combustíveis do país acumulam no governo Bolsonaro uma alta semelhante à registrada durante os mais de 13 anos em que membros do Partido dos Trabalhadores (PT) presidiram o país.
De janeiro de 2019 – quando Bolsonaro assumiu à Presidência – a junho de 2022, a gasolina já subiu 69%, de acordo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) tabulados pelo Observatório Social do Petróleo (OSP).
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Já de janeiro de 2003 – quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou posse – a maio de 2016 – mês em que a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) foi afastada por conta do processo de impeachment –, o mesmo combustível subiu 72%.
No caso do óleo diesel, em mais de 13 anos de governos do PT, houve aumento de quase 98%. Em três anos e meio do governo Bolsonaro, o aumento foi de 100%. O botijão de gás e o etanol acumularam altas respectivamente de 83% e 78% durante os governos de Lula e Dilma. No governo Bolsonaro, já subiram 62% e 76%.
A Petrobras, principal fornecedora de derivados de petróleo no país, argumenta que os aumentos recentes têm relação com a guerra entre Rússia e Ucrânia, que elevou o preço do barril de petróleo a mais de 100 dólares. Em 2008, durante o segundo mandato de Lula, o mesmo barril custou mais de 140 dólares. Nesse mandato, a gasolina subiu 3,5% e o diesel, 7%.
Edição: Nicolau Soares