O ex-governador Márcio França (PSB) confirmou nesta sexta-feira (8) a retirada de sua candidatura ao governo de São Paulo e o apoio ao ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT). O anúncio foi feito por meio de vídeo divulgado em suas redes sociais.
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Esperado, o gesto é resultado de meses de negociação entre PT e PSB em torno da disputa em São Paulo para reproduzir no estado o mesmo arranjo das forças de centro-esquerda que se aglutinam em torno da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agora, espera-se que França seja candidato ao Senado na chapa de Haddad, posto para o qual ele também aparece liderando as pesquisas recentes.
A união fortalece a candidatura do petista, que já lidera as pesquisas para governador. Também abre espaço para que o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), vice de Lula, entre em campo no interior do estado, território onde tem grande prestígio e que é até aqui o ponto fraco de Haddad.
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Situação de emergência
No vídeo, França afirma que, em 40 anos de vida pública, nunca viu “o Brasil em situação tão grave”. “A miséria está crescendo e já bate na porta de grande parte das famílias. Nós temos 33 milhões de brasileiros se não sabem se vão ter a próxima refeição”, afirmou.
“O único caminho para mudar tudo isso é eleger juntos pessoas comprometidas com o resgate dos nossos direitos. Todos temos que fazer a nossa parte e estou fazendo a minha.”
Para França, o país vive uma “situação de emergência” em que é preciso "pensar em todos, e não em projetos pessoais”. “Ou juntos nós mudamos o comando do país e tiramos o governo que está aí, ou a fome vai entrar por dentro da casa das pessoas”, continua.
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O ex-governador afirma ainda que o momento exige a defesa da democracia. "Com Lula e Geraldo Alckmin, vamos poder construir um verdadeiro centro democrático a partir de São Paulo", disse.
"Fernando, vai você. Nós vamos juntos! Vamos buscar os nossos melhores dias. Eu abro mão da minha candidatura porque eu não abro mão dos meus princípios."
Edição: Glauco Faria