Advogados nomeados pela família do petista Marcelo Arruda para atuarem como assistentes técnicos do procedimento criminal que apura o homicídio qualificado praticado por Jorge José da Rocha Guaranho publicaram nota nesta terça-feira (12), em que solicitam apoio internacional nas investigações.
"Na eventual incapacidade de investigação das instituições até então atribuídas por lei para tanto, é possível que seja necessária uma investigação internacional para apurar, até o fim, as responsabilidades de terceiros para com o assassinato e as motivações do assassino", afirmam, em nota, os advogados Daniel Godoy Junior, Paulo Henrique Guerra e Ian Martin Vargas.
Os defensores, todos amigos da vítima, destacam a importância e repercussão do caso, diante do risco de escalada crescente da violência política no país, especialmente neste ano eleitoral.
"O assassinato de Marcelo, conforme os fatos - inclusive imagens - trazidos a público até o momento, demonstra que ocorreu crime contra a vida motivado por ódio em face de razões políticas. O homicídio qualificado é crime hediondo, qualquer que seja a qualificadora", prosseguem os advogados.
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De acordo com os profissionais, além da vítima, "o assassino colocou a vida de dezenas de pessoas em risco, o que indica que a atitude corajosa de Marcelo, ao repelir a injusta agressão, evitou que mais pessoas fossem mortas."
Segundo relatado em nota, mais de 11 projéteis não deflagrados foram encontrados na pistola do assassino. "O que demonstra o potencial ofensivo e letal do ataque." No momento da festa de aniversário de Marcelo, cerca de trinta pessoas estavam no salão onde ocorria o evento.
Para os advogados, o clima de consternação nacional e internacional motivado pelo assassinato e suas circunstâncias indica a necessidade de apuração esmiuçada do caso.
"Além das responsabilidades das autoridades institucionalmente designadas para a investigação do caso, a situação indica a necessidade de apuração profunda acerca das motivações de natureza subjetiva que levaram o assassino a agir de forma brutal. É necessário investigar a influência de terceiros, partícipes ou não, integrantes de grupos organizados ou não, que instigaram o assassino a agir de forma cruel contra Marcelo e as demais pessoas presentes, tendo como mote o ódio político."
Fonte: BdF Paraná
Edição: Lia Bianchini