O Panamá registra nesta terça-feira (19) um novo dia de manifestações e protestos promovidos por sindicatos e organizações sociais contra a situação econômica que atravessa o país centro-americano.
A aliança Povos Unidos pela Vida, que lidera o movimento marchas e comícios na capital e nas dez províncias do país, indica que a mobilização permanece até que o governo convoque uma mesa única com a participação de todos os segmentos de trabalhadores envolvidos para um diálogo sério e com respostas às suas demandas.
Alianza pueblo unido por la vida
— Suntracs Oficial ⚒ (@suntracs1) July 19, 2022
Este pueblo ya no aguanto más
Desde Azuero pic.twitter.com/B5JRZ7idsn
Entre as principais demandas destacam-se a redução e congelamento dos preços dos combustíveis, alimentos, medicamentos e tarifa de energia elétrica, que impactam diretamente no custo de vida dos panamenhos.
Na tentativa de acabar com os protestos, o Conselho de Ministros aprovou no domingo a redução da gasolina e do diesel para US$ 3,25 (cerca de R$17,5) o galão, medida que não satisfaz os anseios das organizações sindicais.
Segundo nota oficial, o Executivo contemplava US$ 200 milhões para estabilizar temporariamente o custo do combustível, mas movimentos populares exigem que os recursos venham do controle dos lucros dos importadores e não dos impostos pagos pelos panamenhos.
Devido ao fato de que a oferta do governo não atende às demandas dos setores mobilizados, os sindicatos panamenhos, juntamente com outras organizações populares, decidiram romper o acordo firmado entre o governo e uma frente de sindicatos.
Organizações sociais entre as quais a Aliança Nacional pelos Direitos do Povo Organizado (Anadepo), a aliança Povos Unidos pela Vida, juntamente com as autoridades dos povos originários, anunciaram que concordam em formar um bloco único para liderar as discussões com o Executivo em busca de justiça social.