O ministro Luiz Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, determinou nesta quinta-feira (21), que o presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifeste, em até cinco dias, nas ações que questionam o encontro dele com embaixadores.
Na última segunda (18), Jair Bolsonaro recebeu diplomatas de vários países no Palácio da Alvorada, em Brasília, e repetiu novamente sem provas, diversas fake news sobre as eleições e a segurança das urnas eletrônicas.
Após a reunião, diversos partidos de oposição, entre os quais PDT, Rede, PCdoB e PT, acionaram a Justiça pedindo a retirada de conteúdo das redes sociais e também que o presidente seja multado por propaganda antecipada e se abstenha de fazer outras publicações com o mesmo teor.
Na decisão desta quinta (21), Fachin, também reafirmou a integridade do sistema eleitoral.
Desde que as urnas eletrônicas foram implementadas —parcialmente em 1996 e 1998, e integralmente a partir de 2000— nunca houve comprovação de fraude nas eleições brasileiras, mesmo quando os resultados foram contestados. A segurança da votação é constatada pelo TSE, pelo MPE (Ministério Público Eleitoral) e por estudos independentes. A postura de Bolsonaro na reunião foi criticada por embaixadas, políticos, entidades do Poder Judiciário e pela sociedade civil.
Movimentos sociais avaliam falas golpistas de Bolsonaro
Movimentos sociais que compõem a campanha denominada Fora, Bolsonaro, responsável por organizar manifestações de rua pelo impeachment de Jair Bolsonaro (PL) em 2021, marcaram para sexta-feira (22) uma reunião de emergência para discutir maneiras de reagir às novas falas golpistas do presidente.
A retomada de atos, que deixaram de acontecer devido à proximidade do período eleitoral e as diferentes visões que os grupos que fazem parte da campanha têm sobre a disputa, será objeto de discussão no encontro.
A Campanha Fora, Bolsonaro é composta por frentes como a Povo sem Medo, a Brasil Popular e a Coalizão Negra por Direitos, que reúnem centenas de entidades, entre elas MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), UNE (União Nacional dos Estudantes), CMP (Central de Movimentos Populares) e Uneafro Brasil.
Partidos de esquerda como PT, PSOL e PC do B também integram a campanha.
Confira as principais notícias desta quinta (21/07), no áudio acima.
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