O ex-governador do Rio Grande do Sul Olívio Dutra deverá ser o nome do Partido dos Trabalhadores (PT) para disputar uma vaga ao Senado nas eleições de outubro. O anúncio foi realizado no início da tarde desta segunda-feira (25), na sede estadual do partido em Porto Alegre.
A pré-candidatura de Olívio ao Senado pegou diversos setores da esquerda de surpresa, apesar de seu nome ser citado em debates nas redes sociais nos últimos dias. Antes mesmo do horário marcado para o anúncio oficial, a sede do partido já se encontrava lotada. Diversos representantes de movimentos sociais e militantes do partido estavam presentes, bem como parlamentares dos partidos da federação Brasil da Esperança, que reúne PT, PCdoB e PV.
Por volta das 12h30, Edegar Pretto, pré-candidato petista ao executivo gaúcho, chegou no local acompanhado de Olívio Dutra. Compuseram a mesa o presidente estadual do PT, deputado federal Paulo Pimenta, a deputada federal Maria do Rosário (PT), o senador Paulo Paim (PT), a vereadora Daiana Santos (PCdoB) e Márcio Souza, presidente estadual do PV.
Candidatura coletiva para servir ao bem comum
Olívio Dutra começou sua fala afirmando que, para ele, é uma honra ser recebido por todos os presentes, para começar uma "boa luta". Destacou que a democracia precisa ser permanentemente aperfeiçoada e consolidada, com a participação do povo atuando na política.
"Por isso estamos apresentando nossa candidatura. A política é a construção do bem comum, com o protagonismo das pessoas", disse Olívio, lembrando que esses processos devem servir à coletividade e não a interesses pessoais. Também desafiou os partidos presentes a aumentarem os esforços para constituírem palanques com mais siglas.
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Segundo afirmou o agora pré-candidato ao Senado, a candidatura deverá ser coletiva, de forma que outros nomes serão elencados junto do ex-governador. Ele explicou que todos exercerão o mandato de forma colaborativa, à semelhança do que já acontece com mandatos de deputados e vereadores.
"O mandato não é particular, individual, não é só de um partido. Há de ser um mandato que represente o conjunto de forças e que tenha unidade de ideias. Temos muito o que conversar sobre a engenharia de um mandato coletivo, mas haveremos de entender, temos lideranças capazes nos partidos", afirmou Olívio.
Segundo explicou o presidente estadual da sigla, os nomes que devem compor a candidatura coletiva junto de Olívio ainda serão escolhidos junto com outros partidos que desejarem entrar na composição, de forma a fortalecer o esforço de unidade. Pimenta disse que essa modalidade de candidatura foi proposta por Olívio, representando um desafio e um estímulo para a construção.
Tratativas para candidaturas seguirão até domingo (30)
Paulo Pimenta afirmou que as eleições que se aproximam serão o momento de "defender a democracia" e "combater o fascismo", e que cada um que se envolva com a campanha deve estar disposto a dar o seu melhor pelo país. Disse também que o processo pré-eleitoral tem sido oportunidade para fazer debates e tentar construir uma unidade.
"Temos um diálogo constante com os companheiros do PV e PCdoB, mas também com os demais atores e sujeitos políticos protagonistas do RS: companheiros do PSB, PSOL e PDT. Conversamos com todos sobre a importância desse processo", pontou o petista.
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O deputado federal recordou que a convenção partidária do PT acontece neste domingo (30). Até lá, ele afirma que seguirão os esforços de diálogo com as outras siglas gaúchas.
Edegar Pretto reafirmou que o partido segue no esforço de "escrever o roteiro de uma reconstrução do estado, com muita paciência e com muito respeito àqueles que pensam diferente de nós. Temos consciência de que, para recuperar o RS, precisamos de muito esforço".
Pretto disse ainda que a federação partidária não fechou as portas para ninguém e que o "diálogo franco" segue, inclusive com partidos de fora da federação.
Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Marcelo Ferreira