A deputada federal pelo Rio de Janeiro Clarissa Garotinho teve a candidatura ao Senado homologada pelo União Brasil no último domingo (31). A parlamentar conseguiu um amplo apoio, até mesmo de desafetos da família, como o também deputado federal pela mesma sigla Chiquinho Brazão.
O governador Claudio Castro (PL) compareceu ao evento e aparentemente a “paz” foi selada com a família após Anthony Garotinho (União Brasil) abrir mão da candidatura ao governo do estado do Rio de Janeiro e cessar as críticas a Castro, seguindo a orientação partidária.
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O acordo entre Palácio Guanabara e União Brasil teria ocorrido após uma intensa interlocução que definiu o nome de Clarissa para o Senado e a retirada do apoio do União a Romário (PL).
Com Anthony fora da disputa, Clarissa já havia dividido palanque com Castro na convenção do PL, no domingo (24), que oficializou Jair Bolsonaro como nome do PL à presidência.
De acordo com o jornal O Dia, o aumento do protagonismo feminino no Senado foi um dos pontos citados pelos candidatos do União Brasil presentes à convenção, já que Clarissa Garotinho é a única mulher do Rio disputando a vaga, hoje ocupada por Romário. Os dois disputam espaço dentro do espectro de direita do bolsonarismo.
Últimas pesquisas
Na última segunda-feira (25), pesquisa do instituto Gerp mostrou o ex-jogador de futebol Romário Faria (PL) à frente das intenções de voto para o Senado pelo estado do Rio de Janeiro. A deputada Clarissa Garotinho ainda não constava na lista de candidaturas.
O segundo colocado na corrida, segundo o levantamento, é o ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella (Republicanos), que também teve aumento nas intenções de voto, antes eram 17% e agora são 22%.
Apesar de seu nome figurar no levantamento, não há confirmação de que Crivella não dispute a vaga ao Senado.
Em terceiro colocado aparece Alessandro Molon (PSB), que tinha 15% e foi para 16%. O percentual que o coloca como o candidato mais bem posicionado no campo da centro esquerda na corrida.
Molon tem ignorado o acordo feito entre o seu partido e outros do campo da esquerda, marcando uma disputa com André Ceciliano (PT) para ser o candidato da “Frente Ampla”, aliança que tem Marcelo Freixo (PSB) como governador e o apoio formal de Lula (PT).
Já Ceciliano melhorou o seu percentual de votos, mas ainda patina em relação aos outros concorrentes. Ele tinha 4% das intenções na pesquisa do último dia 13 e foi para 8% no levantamento mais recente.
A pesquisa realizou 1.020 entrevistas entre 19 e 22 de julho. A margem de erro estimada é de 3,13 pontos percentuais para mais ou menos e o intervalo de confiança é de 95,55%. A pesquisa foi registrada no TSE sob o protocolo RJ – 05365/2022.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Jaqueline Deister