O Partido dos Trabalhadores do Rio de Janeiro encaminhou na última terça-feira (2) à Executiva Estadual do partido a proposta de retirar o apoio ao candidato do PSB ao governo do estado, o deputado federal Marcelo Freixo. O PT alega que o partido aliado não respeitou o acordo que teria o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), André Ceciliano (PT), como candidato da chapa ao Senado.
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Em nota, o PT fluminense afirma que o PSB insistiu no lançamento do deputado federal Alessandro Molon (PSB) para concorrer ao Senado, mesmo com o apoio petista a Freixo.
"Na nossa boa fé, e na nossa crença na importância do cumprimento de acordos, sabendo da nossa responsabilidade na construção de uma coligação de 8 partidos, aguardávamos até agora por uma definição final da Direção Nacional do PSB. Todavia, fomos surpreendidos pela defesa do Presidente Nacional do PSB da manutenção da candidatura divisionista e aventureira de Molon", diz trecho do comunicado.
A resolução deve ser entregue ainda nesta semana ao Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores. O PSB ainda não se manifestou, mas Molon tem o apoio do presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, para manter a candidatura ao Senado. A aliança dos partidos tem, em nível nacional, Lula para presidente e o ex-governador Geraldo Alckmin para vice.
Anitta
Nas redes sociais, Molon não comentou a decisão petista, mas postou diversos vídeos com artistas como Caco Ciocler, Cissa Guimarães, Amir Haddad, Marcos Palmeira, Léo Jaime e do psolista Guilherme Boulos declarando apoio a ele. Na noite de ontem, a cantora Anitta também comentou em seu Twitter: "lança logo essa candidatura, homem!".
Marcelo Freixo também não comentou a proposta de ruptura, que ainda será analisada pelo PT nacional. Segundo o jornal "Folha de S. Paulo", o candidato do PT ao governo paulista, Fernando Haddad, demonstrou preocupação com o possível fim da aliança no Rio de Janeiro.
"Vejo com preocupação, porque temos grande condição de ganhar a eleição no Rio de Janeiro. Temos um candidato que, se não é o líder, está próximo do líder, uma figura louvável", disse Haddad, segundo o jornal.
No comunicado de ontem, o PT fluminense também afirma que a divisão na coligação majoritária "inviabilizará um palanque forte para o Presidente Lula, inviabilizará as nossas candidaturas majoritárias, tanto Freixo, como o André [Ceciliano]. Não aceitamos mergulhar nosso partido e nossas campanhas em uma guerra fratricida".
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Eduardo Miranda