A Justiça da Venezuela condenou nesta quinta-feira (4) 17 pessoas pela participação na tentativa de assassinato contra o presidente Nicolás Maduro que ocorreu em 2018.
Na ocasião, em 4 de agosto, Maduro discursava em Caracas quando dois drones carregando explosivos detonaram no ar, próximo ao palanque do mandatário. Horas depois, o governo classificou o ato como "um atentado contra a figura do presidente constitucional".
Entre os condenados pelo Tribunal Especial Primeiro da Venezuela, que julga casos "vinculados ao terrorismo e ao crime organizado", estão um ex-deputado, três militares e 13 civis. As penas variam entre 5 e 30 anos.
Tribunal contra el terrorismo condenó a prisión a un grupo de ciudadanos/as por el homicidio intencional calificado en grado de frustración contra el Presidente de la República Bolivariana de Venezuela, Nicolás Maduro Moros https://t.co/R5RaUVfJl3 pic.twitter.com/JvcCwhlM3l
— TSJ Venezuela (@TSJ_Venezuela) August 4, 2022
Em relação à pena, 12 dos 17 sentenciados deverão cumprir 30 anos de prisão. Entre eles figuram um ex-general da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), um ex-coronel da GNB e um sargento do Exército, imputados pelos delitos de "tentativa de homicídio intencional qualificado, lançamento de explosivos em reuniões públicas, traição à pátria, terrorismo e formação de quadrilha".
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Juan Carlos Requenses, ex-deputado que integrou a Assembleia Nacional eleita em 2015, foi condenado a oito anos de prisão pelo crime de "conspiração" por ter integrado, segundo a Justiça, o grupo que planejou o atentado contra Maduro em 2018. Após a decisão, a defesa do ex-parlamentar afirmou que se reuniria com a família de Requenses para planejar "as próximas ações".
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, expôs detalhes do processo e afirmou que "esses tipos de fatos não podem ficar impunes, sejam contra o chefe de Estado ou contra um cidadão comum".
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"Esse processo começou no dia 2 de dezembro de 2019. Foram realizadas 91 audiências, com a participação de 60 especialistas, depoimentos de 193 funcionários da ativa e testemunho de 36 civis, sempre respeitando o devido processo", afirmou Saab.
Edição: Arturo Hartmann