No mês de julho a cesta básica em Porto Alegre (RS) registrou queda de de 0,18%, em relação ao mês anterior, passando a custar R$ 752,84. Mesmo assim, continua sendo a terceira mais cara das capitais do país, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que realiza a pesquisa em 17 capitais brasileiras. A queda foi puxada pelo recuo dos preços do tomate (-24,09%) e batata (-13,17%).
De acordo com o Dieese, dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais, seis ficaram mais baratos: o tomate (-24,09%), a batata (-13,17%), o feijão (-5,86%), o óleo de soja (-5,34%), o açúcar (-1,33%) e o arroz (-0,22%). Por outro lado, sete itens ficaram mais caros: o leite (26,78%), a banana (8,39%), a manteiga (7,49%), o pão (1,93%), a farinha de trigo (1,70%), o café (0,95%) e a carne (0,75%).
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De janeiro a julho de 2022, a cesta acumula alta de 10,24%. Dos 13 produtos pesquisados 10 registraram alta: o leite (90,53%), a batata (34,07%), a farinha de trigo (31,93%), a banana (24,71%), o café (22,77%), o pão (16,99%), a manteiga (16,87%), o óleo de soja (14,58%), o arroz (5,39%) e a carne (4,77%). O tomate (-23,62%), o feijão (-3,44%) e o açúcar (-0,45%) ficaram mais baratos.
A comparação do valor da cesta entre julho de 2022 e julho de 2021 mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 11,07%, em Aracaju (SE), e 26,46%, em Recife (PE).
São Paulo (SP) foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 760,45), seguida por Florianópolis (R$ 753,73), Porto Alegre (R$ 752,84) e Rio de Janeiro (R$ 723,75). Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 542,50), João Pessoa (R$ 572,63) e Salvador (R$ 586,54).
Salário Mínimo Necessário deveria ser cinco vezes maior
Segundo levantamento da entidade, em julho de 2022, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 120 horas e 37 minutos, menor do que o registrado em junho, de 121 horas e 26 minutos.
Em relação ao salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, destaca que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em julho de 2022, 59,27% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, pouco menos do que em junho, quando precisou usar 59,68%.
Conforme destaca o Diesse, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 6.388,55, ou 5,27 vezes o mínimo de R$ 1.212,00.
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Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Marcelo Ferreira