Com uma média de 8,26 candidatos por vaga de governador, o peso financeiro é fundamental. No mapa das candidaturas, fica evidente o desequilíbrio e as divisões de gênero e classe.
Dos 70 candidatos mais ricos, há apenas uma mulher, Nair Blair (Agir), que disputa o governo do Amazonas, e que aparece na 30º posição, com um patrimônio de R$ 5,3 milhões.
As três mulheres mais ricas, após Blair, são as únicas que lideram as intenções de votos para governador, de acordo com as pesquisas publicadas até o momento, em seus estados.
A segunda candidata com maior patrimônio é Marília Arraes (SD), que disputa o governo de Pernambuco, que acumula R$ 1,1 milhão, mas que aparece apenas em 78º na relação dos candidatos a governador mais ricos.
Em seguida, aparece Fátima Bezerra (PT), que tenta a reeleição no Rio Grande do Norte. Ela declarou R$ 978 mil de patrimônio e aparece em 87ª, na relação dos mais ricos. Teresa Surita (MDB), que consta em 90ª na lista, concorre ao governo de Roraima. Ela divulgou que acumula R$ 922 mil em bens.
Questão de classe
Dos 223 candidatos aos governos estaduais, 83 são milionários, ou seja, possuem mais de R$ 1 milhão em patrimônio. A relação é encabeçada pelos empresários Paulo Octávio (PSD-DF) e Roberto Argenta (PSC-RS), além do madeireiro Ivo Cassol (PP-RO), que declararam R$ 618 milhões, R$ 371 milhões e R$ 134 milhões de patrimônio, respectivamente.
Somados, os 83 milionários possuem um patrimônio de R$ 2 bilhões. Os outros 140 candidatos acumulam “apenas” R$ 35 milhões. No extremo oposto da relação, estão 29 candidaturas que declararam não possuir bens, sendo nove são mulheres.
Edição: Rodrigo Durão Coelho