Mais de 63 milhões de brasileiros estão com o “nome sujo” por conta de dívidas. Isso significa que quatro a cada dez pessoas adultas que vivem no país estão inadimplentes. São exatamente 39,17% da população maior de idade do país –maior índice em oito anos.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (22) pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Todos eles são referentes ao mês de julho.
Só nesse mês, o número de consumidores com contas atrasadas cresceu 8,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado. De junho para julho, o número de inadimplentes cresceu 0,96% e deve aumentar ainda mais, segundo a CNDL.
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“Apesar da retomada do mercado de trabalho ter sido maior que a esperada, não há previsão de diminuição da inflação ou melhoria nas previsões de crescimento da economia do país”, disse o presidente da entidade, José César da Costa, a Costa. “O número de inadimplentes está alto e, infelizmente, a expectativa é que não paremos por aí.”
Consumidores com entre 30 a 39 anos são os que mais têm contas atrasadas: 24,03% do total. São mais 15 milhões de pessoas com essa faixa etária consideradas devedoras, quase metade dessa população (46%).
Cada consumidor com “nome sujo” no Brasil deve, em média, R$ 3.638,22. Mais da metade das dívidas são com bancos. Cada inadimplente tem, em média, para 1,93 credores.
De julho de 2021 para julho de 2022, o número de dívidas atrasadas no Brasil cresceu 16,50%. Dívidas com bancos cresceram 30,2%. Dívidas de contas água e luz, 7,2%.
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Edição: Rodrigo Durão Coelho