A Comissão de Paz do Senado da Colômbia anunciou, na semana passada, a implementação de um plano para proteger líderes sociais e signatários da paz, priorizando os 65 municípios mais violentos do país.
Autoridades do legislativo indicam que, de acordo com a política de segurança do presidente Gustavo Petro, a força pública será responsável pela proteção de pessoas reintegradas à vida civil e de defensores de direitos humanos.
Segundo levantamento do Instituto de Desenvolvimento da Paz (Indepaz), 114 lideranças defensoras dos direitos humanos já foram assassinados em 2022, além de outros 31 membros das Farc que deixaram as armas após assinar o Acordo de Paz com o governo. A Colômbia também é um dos países mais perigosos do mundo para defensores do meio ambiente.
"São 29 medidas, sugeridas a diferentes órgãos do poder público, que têm o objetivo de limitar, delimitar ou baixar as estatísticas de crimes contra defensores de direitos humanos, lideranças sociais e pessoas que assinaram o acordo de paz", afirma o senador Iván Cepeda, do Pacto Histórico, a coalizão do presidente Petro e sua vice, Francia Márquez.
A implementação do programa começa a partir das primeiras reuniões entre comandantes da polícia, sociedade civil, parlamentares e ministros. De acordo com Cepeda, a responsabilização de lideranças de alto escalão das forças de segurança, prevista no programa, pela segurança de lideranças sociais deverá ter um impacto positivo.
A Comissão de Paz do Senado esteve no município de Caldono, no norte do departamento de Cauca, onde ouviu as comunidades de uma das regiões mais atingidas pela presença de diversos grupos armados.
Edição: Arturo Hartmann