Em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), ruralistas devem enviar 28 tratores para participar do desfile do Sete de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Os ruralistas que apoiam o presidente enviarão os veículos a pedido do Palácio do Planalto, segundo reportagem da Folha de S. Paulo, para representarem a participação do agronegócio na economia brasileira.
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Os tratores se somarão a 5.700 pessoas que desfilarão a pé, em viaturas ou a cavalo. Entre os participantes, estarão os integrantes das três Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), policiais federais, rodoviários federais, bombeiros e alunos das escolas públicas do Distrito Federal.
No mesmo dia será realizada uma manifestação em apoio ao presidente, na qual os tratores deverão permanecer.
Universidades atestam segurança das urnas
As universidades de São Paulo (USP), Estadual de Campinas (Unicamp) e Federal de Pernambuco (UFPE) atestaram a segurança das urnas eletrônicas após a conclusão da análise do código fonte, conforme informou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quinta-feira (25).
"As instituições de ensino superior foram unânimes e categóricas em atestar a segurança e a auditabilidade dos sistemas e dos equipamentos", comunicou o tribunal. As universidades analisaram por cerca de três meses o modelo de 2020 da urna, que será utilizado nas eleições deste ano pela primeira vez.
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No relatório feito pela USP e entregue ao TSE, o corpo de pesquisadores informou que, "em termos de segurança, a base de código encontra-se em bom estágio de maturidade", e que existem uma série de camadas que visam proteger as urnas de fraudes.
A Unicamp disse que "nada foi encontrado que possa colocar em dúvida a integridade e confiabilidade do código-fonte da urna eletrônica brasileira". Na mesma linha, a UFPE concluiu que não foram identificados "problemas que comprometam o funcionamento do software".
Tarcísio escala Frederico D’Ávila como cabo eleitoral no interior de SP
O candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) trouxe o deputado estadual Frederico D’Ávila, do Partido Liberal, o mesmo que abriga Bolsonaro, para próximo de sua campanha.
Ao pedir votos para o parlamentar, que disputará uma vaga à Câmara dos Deputados, Tarcísio disse que D’Avila é o mais qualificado para representar o agronegócio em Brasília. Ele é vice-presidente da Aprosoja Brasil e foi eleito para a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp “com a força do setor da agricultura e com o apoio da população do sul e do sudoeste paulista”.
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"Vamos precisar de um Frederico D'Ávila lá na Câmara dos Deputados. Que representa o nosso agronegócio. O agro que é tão atacado. Querem toda hora dizer que nosso agro é isso, é aquilo", disse Tarcísio em um dos vídeos.
"A gente tem um agro que é sustentável, que é modelo para o mundo todo, e a gente precisa das vozes que na Câmara dos Deputados vão defender o nosso agronegócio. E a melhor voz, a mais qualificada, é a do Frederico. Que de fato representa o agronegócio de SP", afirmou o ex-ministro.
Pesa contra D’Avila, no entanto, um processo na Alesp por ter chamado o Papa Francisco e outras lideranças religiosas de vagabundos, pedófilos e safados, ao reagir a um discurso do arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes.
Em outubro do ano passado, antes de uma visita de Bolsonaro ao município, Brandes afirmou: "Vamos abraçar os nossos pobres e também nossas autoridades para que juntos construamos um Brasil pátria amada. E para ser pátria amada não pode ser pátria armada".
D’Avila, então, disse: "Seu vagabundo, safado, que se submete a esse papa vagabundo também. A última coisa que vocês tomam conta é do espírito e do bem-estar e do conforto da alma das pessoas. Você acha que é quem para ficar usando a batina e o altar para ficar fazendo proselitismo político? Seus pedófilos, safados. A CNBB é um câncer que precisa ser extirpado do Brasil".
Frederico D’Avila é irmão do presidenciável Felipe D’Avila (Novo).
Presidente da Funai se oferece para ajudar servidor preso por arrendar terras indígenas
Em um áudio interceptado pela Polícia Federal (PF), o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier, oferece apoio ao servidor Jussielson Silva, que foi preso em março deste ano por alugar áreas na Terra Indígena Marãiwatsédé, do povo Xavante, no Mato Grosso. A informação foi divulgada pelo O Globo.
“Eu vou dar ciência já do caso ao corregedor lá de Mato Grosso, ao corregedor nacional da Polícia Federal aqui e já vou acionar nossa corregedoria para atuar nisso aqui. Pode ficar tranquilo”, diz Xavier no áudio. Em reposta, Silva afirma: “Eu agradeço porque a gente está na ponta da lança. O senhor é o meu apoio de fogo. O senhor me protegendo, fico mais feliz ainda”. O presidente da Funai, então, diz: “Pode ficar tranquilo aí que você tem toda a sustentação aqui. Pode ficar sossegado”.
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Silva, coordenador da Funai em Ribeirão Cascalheira, a 893 quilômetros de Cuiabá, foi preso no âmbito da Operação Res Capta junto com o policial militar Gerrard Maxmiliano Rodrigues e Souza e o ex-policial militar Enoque Bento de Souza. A PF investiga o arrendamento ilegal em terra indígena para criação de gado. Segundo a PF, a prática teria gerado propina aos servidores e repasses à liderança Xavante.
Edição: Vivian Virissimo